Sunday, November 21, 2010

“Todos os holofotes estão voltados para o Brasil”, diz Jonathan Ortmans


Para o presidente da Semana Global de Empreendedorismo, o Brasil tem que aproveitar o momento para estimular a criação de novos negócios

Por Silvia Balieiro

Fredy Uehara
Ortmans, da Semana Global de Empreendedorismo: "Brasil tem que aproveitar este momento"
O que ainda falta para o Brasil tornar-se um país ainda mais empreendedor: incentivo, capital ou cultura empreendedora? A resposta, para Jonathan Ortmans, presidente da Semana Global de Empreendedorismo é unir um pouco dos três itens. "O mais importante, salienta, é legitimar o papel do empreendedor na economia do país. "O empreendedorismo pode ser o caminho mais rápido para o Brasil atiingir todo o seu potencial."
Ortmans participou na tarde deste sábado (20/11) do Fórum de Empreendedores que acontece em Campos do Jordão. E deixou claro que o Brasil tem agora uma ótima janela de oportunidades. “Todos os holofotes estão voltados para o Brasil neste momento. Somente a China tem hoje a mesma visibilidade”, afirma Ortmans.
Num debate sobre cultura empreendedora, Ortmans destacou que entre os anos de 1980 e 2009, nos Estados Unidos, as empresas com menos de cinco anos foram as grandes responsáveis pelo aumento do nível de emprego. "Sâo as empresas iniciantes que estão impulsionando a economia do país nesse momento."
Dinheiro é o que interessa? Sobre a importância das Venture Capitals no sucesso das novas empresas, o presidente da Semana Global de Empreendedorismo destacou que o dinheiro de uma VC não é um agente indutor de empreendedorismo. “É o empreendedorismo que permite a criação de venture capitals, por isso, não abra mão de seus ativos”, diz Ortmans. Na opinião do especialista, as empresas deveriam esperar mais antes de apelar para esse tipo de investimento.
A participação do governo também é importante, afirma o especialista em empreendedorismo. A maior contribuição desse setor, acredita ele, viria no estímulo a uma cultura e a uma educação empreendedora, tanto nas escolas quanto nas universidades.
Contrariando o que muitos imaginam, Ortmans afirmam que os novos empreendedores não precisam ser necessariamente pessoas com pouca idade. É claro que existem exemplos como o de Mark Zuckerberg, que criou uma empresa bilionária com 19 anos de idade, mas, segundo o especialista, a idade média dos novos empreendedores nos Estados Unidos é de 39 anos. O ideal, diz ele, é montar um time que combine sócios de idades e backgrounds diferentes.
Perguntado sobre a mortalidade de empresas no Brasil, que é muito alta, Ortmans disse que a melhor maneira de diminuir este índice é ouvir, aconselhar e trocar idéias com estas empresas antes de elas serem abertas. “Se os empreendedores forem bem orientados , as chances de erro diminuem”, afirma o especialista.

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