Wednesday, March 30, 2011

As Compras Coletivas vão acabar?

A febre das Compras Coletivas parece ter chegado para ficar. Mas febre é uma doença e deve ser cuidada com precaução - senão o paciente morre... 



Em The Innovator's Solution: Creating and Sustaining Successful Growth Clayton Christensen* mostra que a grande explosão de vendas das inovações ocorre quando elas começam a alcançar aquelesconsumidores que não faziam parte do mercado original - seja porque o produto era caro demais, ou complicado demais.

O vertiginoso crescimento das compras coletivas é motivado exatamente por este segmento: os não-consumidores. É gente que não pula de paraquedas com frequência, não faz peeling de diamante ou drenagem linfática todo mês, nem curso de mergulho todo feriado.

A maioria nunca fez isso na vida - e jamais voltará a fazê-lo. Mas quando o custo da experimentação cai drasticamente, estes consumidores pensam melhor.

Saltando de Paraquedas 
- Vamos lá que tá barato demais!

Algumas vezes, no entanto, o lojista não tem estrutura para atender à explosão de consumo com a qualidade prometida, prejudicando tanto os clientes novos (os ex-não-consumidores) quanto os antigos. Alguns investem em novas instalações, matéria prima e pessoal para receber um volume de clientes que jamais se repetirá.

Apesar de o impulso inicial das ofertas ter resultado imediato, o novo patamar de demanda raramente se mantém. Seja porque o comerciante não aguenta ficar comprando clientes por tanto tempo, ou mesmo porque este cliente não se interessou, de fato, por aquilo que queria apenas experimentar.

Jay Goltz é um pequeno comerciante de Chicago que corrobora esta visão em seu blog no The New York Times. Depois de usar os serviços do Groupon poucos clientes se tornaram cativos - o que, segundo ele, é incomum no seu negócio. "Fico preocupado com o potencial dano que uma oferta pode causar à marca. Ofertas são um risco ao que chamo de integridade do preço", afirma.

Esta é a diferença fundamental entre o não-consumidor de Christensen e o dos cupons de oferta, pois assim que todos os não-consumidores tiverem experimentado sua dose de novidade, as ofertas servirão apenas para achatar margens de lucro. E deixar um enorme rombo para trás.

Caixa registradora 
Goupon rejeitou recentemente oferta de US$ 6 bilhões

Mas nem todo mundo sairá perdendo. A altíssima comissão do site (entre 25% e 50%) significa que o lojista tem um sócio - que só compartilha o lucro, jamais o prejuízo ou outro contratempo resultante da venda. No Brasil, os seis maiores "sócios" dos lojistas responderam por 80% dos 1,3 milhão de vouchersvendidos em janeiro deste ano.

Um deles recentemente abriu 200 vagas em seu departamento comercial, oferecendo ganhos entre R$ 8 mil e R$ 15 mil, sendo que a pessoa poderia trabalhar de casa. Se eu não entendesse nada de varejo, nem de compras na Internet, isso já me bastaria para desconfiar que há algo muito errado aí.

FAZENDO AS CONTAS

Os comerciantes que estão tendo problemas com este tipo de iniciativa têm ao menos um ponto em comum: eles não fazem as contas. A matemática por trás das contas coletivas partem de uma premissa básica: é um gasto (ou investimento, como queira) em publicidade. Só que em vez de pagar à agência e ao anunciante, o lojista abre mão de parte da sua receita. Uma boa parte, diga-se.

O ótimo Is Groupon Good for a Small Business analisa algumas das variáveis envolvidas no cálculo de payback de uma promoção deste tipo. Há pelo menos uma dúzia de variáveis envolvidas, muitas das quais nem passam pela cabeça do empresário antes de ele se decidir pela promoção. Se você tiver preguiça de ler, pode baixar aqui uma planilha que fiz com as simulações (arquivo em Excel - 12,3Kb)

Além dos custos envolvidos na planilha, é importante verificar outras implicações mais abstratas, como o impacto à marca (já citado por Goltz) e o efeito nos funcionários de um grande fluxo de clientes.

O FUTURO

Compras coletivas fazem sentido para serviços perecíveis, com um custo fixo proporcionalmente alto ou itens facilmente escaláveis.
Bilhetes aéreos são perecíveis, pois o avião decola sempre com o mesmo número de poltronas, independentemente de elas terem sido vendidas ou não. O mesmo vale para a diária do hotel, pois o dia passa estando o quarto ocupado ou vazio. Em ambos os casos os custos fixos são altos com relação à despesa extra de se ter mais um cliente. Ou mais cem.

Gutenberg-press 
Altamente escalável

Livros são facilmente escaláveis, pois quando se escreve um, pode-se reproduzi-lo indefinidamente. O pulo do gato aqui está em vender (e receber!) antes de produzir e na quantidade exata que será consumida. Não há variações tão imprevistas que não possam ser acomodadas e não há desperdício.

Os setores que mais movimentam o sites de compras coletivas hoje, no entanto, têm um perfil muito diferente do descrito acima. Restaurantes e salões de beleza, por exemplo, têm limitações de espaço, pessoal e matéria prima e não conseguem se adaptar tão rapidamente à elasticidade da demanda que as ofertas impõem. Ao menos não com a qualidade esperada.

Outros segmentos nos quais se utiliza o serviço uma vez na vida também não fazem sentido, como clareamento nos dentes. É puro achatamento de margem. Como escreveu Goltz em seu artigo, "quando você cobra o preço cheio de alguns clientes e metade de outros, uns ficarão satisfeitos e outros não. Só que você está satisfazendo os clientes errados!"

Por isso tudo, arrisco-me a dizer: sites de compras coletivas não venderão panetone esse ano.
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* Na modesta opinião do autor deste blog, Clayton Christensen é o melhor autor em estratégia corporativa que há. (Essa opinião é do autor do texto e encontra-se no blog original.)



Como vender uma ideia sem correr riscos de que alguém a copie?


Como contar minha ideia de startup sem correr riscos de alguém copia-la?
Respondido por Yuri Gitahy, especialista em startups

Há uma chance muito pequena que alguém copie sua ideia ou projeto simplesmente porque ouviu você falando sobre ela. O segredo para reduzir essa chance a zero é convencer qualquer um que você é a melhor pessoa para executar o projeto: ou não terão qualquer interesse sobre sua ideia, ou irão desistir de copiar ao ver sua proficiência, ou pedirão para participar com você. Como trabalhar para isso acontecer?

1) Comece contando sua ideia para pessoas muito próximas, como familiares ou amigos em quem você pessoalmente confia. Não vai ajudar muito, porque eles provavelmente lhe dirão "que ótima ideia!" e darão pequenas sugestões de melhoria. Mesmo assim, é um bom treino para articular sua explicação.

2) Em seguida, aborde pessoas experientes no mercado que você atinge e que sejam próximas de alguém que você conhece. Por exemplo, um ex-chefe que você respeita, ou um amigo da família. Esses serão mais imparciais, comentando se consideram sua ideia realmente viável e como você pode melhora-la.

3) Após pesquisar bastante sobre o tema, concorrência e ter o feedback de todos acima, tente convencer uma pessoa a trabalhar com você no projeto. Por exemplo, peça 3 indicações de programadores confiáveis e conte sua ideia a eles. Se um ou mais se interessarem de verdade - por exemplo, concordarem em trabalhar recebendo somente um pequeno percentual do negócio - seu projeto começa a ter alguma chance de estar no caminho certo.

4) Nesse ponto, você já é capaz de criar um pitch e treina-lo exaustivamente. Vá então a um meetup na sua cidade e apresente sua ideia ao máximo de pessoas que você puder. Como praticamente todos no meetup estarão trabalhando em ideias próprias, qualquer interesse explícito sobre seu projeto irá lhe dar mais alguns pontos.

5) Nesse ponto, ou você desistiu da ideia, ou mudou-a consideravelmente, ou já está bastante confiante no projeto. Inscreva-se para apresentar seu projeto em sessões de open pitch (diversos meetups e competições permitem isso), e se seu trabalho estiver bem feito, um investidor irá procurá-lo por conta própria para saber mais.

E se você já tem algo pronto, provavelmente já está guardado por uma patente ou outro tipo de proteção. Caso contrário, lembre-se que provavelmente alguém já teve uma ideia idêntica à sua, e pode até ter descoberto (antes de você) que ela não irá dar em nada. Mesmo assim, o segredo de uma startup é como você executa o projeto - e isso depende somente da sua competência e do time que você montou, não do segredo que você guarda.


O que é uma startup?




Yuri Gitahy é investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador daAceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente

A evolução das Compras Coletivas

Sites de compras coletivas viram febre na internet, com previsão de faturamento no Brasil de até R$ 200 milhões em 2011. O fenômeno também pode contribuir para que pequenas e médias empresas mostrem suas marcas na rede
As ofertas são anunciadas semanalmente ou em promoções relâmpago. Os descontos provocam arrepios nos consumidores mais afoitos. Roupas, eletrônicos, utensílios domésticos e até mesmo ingressos para peças de teatro e de cinema podem custar 90% menos que em uma loja. A concorrência em busca do mesmo objeto também é voraz e o interessado deve ser rápido para não perder a oportunidade da compra. É nesse estilo que funcionam os sites de compras coletivas na internet. Quatro meses após a estreia da primeira página no Brasil, já foram abertas mais de 15 opções.
A proposta da compra coletiva é simples: basta que um grupo de pessoas — interessadas em um mesmo produto ou serviço — faça a opção por um objeto ou um serviço on-line. Depois de atingir a cota mínima, o usuário deve imprimir o cupom com desconto e levá-lo até a loja ou local. Nos Estados Unidos, esse modelo gerou US$ 250 milhões de lucro em 2009, e a expectativa é dobrar o valor até o fim do ano. No Brasil, a previsão das consultorias é de que o comércio coletivo fature até R$ 200 milhões em 2011. Sites pioneiros nesse tipo de negócio já possuem mais de 1 milhão de clientes cadastrados no país.
comércio coletivo é também uma alternativa para as pequenas e médias empresas (PMEs) que buscam visibilidade na rede. “Hoje, por meio do site de compras coletivas, o comércio consegue atrair para o local um grande número de pessoas com baixo investimento”, explica Gustavo Borja, sócio-diretor da Citybest, empresa que faz esse tipo de serviço. “Ele é mais eficiente para PMEs. Até criar uma demanda e as pessoas saberem que o local existe é muito difícil. Utilizando os sites de compras coletivas, o reconhecimento é quase que imediato”, aponta Borja. No primeiro mês de funcionamento, o CityBest gerou uma receita estimada em R$ 700 mil aos comércios que participaram das promoções.
Há ainda outra vantagem financeira para as PMEs. Nos Estados Unidos, as empresas parceiras só recebem o dinheiro da transação após um certo período. No Brasil, algumas empresas passam a adotar o pagamento parcial. “Em vez de pagar o valor total, o cliente paga apenas a taxa do cupom e o restante é pago diretamente ao comércio escolhido. Por exemplo, se for R$ 15, o site recebe R$ 5 e os outros R$ 10 são entregues ao dono do estabelecimento pelo cliente”, explica Borja. Na maior parte dos sites de compras coletivas não, é preciso pagar para cadastrar a empresa.

Comparar e escolher

Com tantas opções, fica difícil saber qual site oferece o melhor desconto e as melhores vantagens. Para facilitar as visitas às lojas virtuais, empresas criaram os agregadores de sites de compras coletivas. No fim do mês passado, o Grupo BuscaPé — conhecido pela página de busca de ofertas nos principais e-commerces do Brasil —, comprou o agregador Zipme. Com a aquisição, o serviço passou a ser chamado de Saveme. O portal reúne todas as ofertas anunciadas nos sites decompras coletivas e clubes de compra do país. Como o novo nome sugere, ele faz com que o usuário economize tempo e dinheiro, ganhando em praticidade.
O Saveme tem 115 ofertas diárias de 39 sites em 25 cidades, e 60 mil usuários acessam diariamente a página. “O ZipMe conseguiu conquistar em curtíssimo tempo uma audiência líder no segmento de compras coletivas e clubes de compras. Vamos começar a investir todo o nosso know-how tecnológico para transformá-lo e consolidá-lo como a porta de entrada para quem procura descontos em produtos e em serviços na web, trazendo também para os lojistas uma visibilidade muito maior”, afirmou, em nota, Romero Rodrigues, presidente do BuscaPé.
O Aponta Ofertas também faz esse serviço, mas como uma vantagem: ele conta com uma organização segmentada das ofertas de todos os sites de compras coletivas do Brasil, apresentando ao usuário as opções de acompanhá-las primeiro pela cidade de origem, por categorias de interesse e por meio da visualização em um mapa das ofertas, com até 5km de distância do local de busca do usuário. Não é preciso cadastro no site do Aponta Ofertas para utilizá-lo.

Clube restrito

Diferente dos sites, os clubes de compras coletivas são — na maior parte — fechados para usuários que tenham recebido convites. Enquanto no comércio coletivo é preciso que parte dos associados se interesse pelo produto para o desconto começar a valer, no clube a promoção já existe, independentemente da quantidade de pessoas que irá fechar a compra.
O site espanhol Privalia é o maior nessa categoria. Com franquias no México, na Espanha e na Itália, o clube conta com 6 milhões de sócios no mundo. O crescimento das vendas globais do grupo no primeiro semestre foi 158% maior em relação ao mesmo período do ano passado, superando a receita de todo o ano de 2009. O Brasil contribui com 1,7 milhão de pessoas cadastradas no clube e é o foco de investimento para a empresa. “O país vem liderando o crescimento internacional da Privalia. Só no 1º semestre de 2010, crescemos 12 vezes em relação ao mesmo período do ano passado. Em dois anos, seremos o maior mercado do grupo”, afirmou André Shinohara, CEO da Privalia Brasil, em nota.
Um dos maiores concorrentes do Privalia é o BrandsClub. Criado em março de 2009, o BrandsClub vende produtos de renomadas marcas nacionais e internacionais, com descontos de até 70%. O clube de compras (também fechado para convidados) oferece descontos inclusive para dispositivos da Apple e já alcançou o patamar de 2 milhões de membros.

Pioneiro

Pioneiro nos EUA Em 2008, a GroupOn começou as atividades nos Estados Unidos para oferecer produtos a preços acessíveis. Hoje, ele já disponibiliza o serviço a mais de 250 mercados no mundo, inclusive no Brasil. São quase 200 promoções por dia no site norte-americano. A versão brasileira responde pelo nome de Clube Urbano e atende 40 cidades mais o Distrito Federal. O GrupOn vale cerca de US$ 1 bilhão e possui 20 milhões de usuários cadastrados.

Tuesday, March 29, 2011

Digite "S" para segurança

Uma simples extensão para o navegador Firefox pode roubar a sua senha do Facebook ou do Twitter quando você se conecta em uma rede de wi-fi. A extensão, chamada Firesheep, foi criada para demonstrar a falta de segurança de boa parte da internet e de como o uso crescente de redes sem fio – em hotéis, cafés, aeroportos – aumenta esse problema. Para o Firesheep funcionar, basta que a pessoa entre em um site pouco seguro e digite sua senha. Mas calma, é possível tomar providências para evitar o desagradável – e por vezes perigoso – roubo de senhas. 
Uma págiuna pouco segura na internet é qualquer site cujo início do endereço tenha apenas a um HTTP. Sigla em inglês para Protocolo de Transferência de Hipertexto, o HTTP é um dos componentes básicos da troca de dados na web, realizando a comunicação entre o seu navegador e os servidores onde estão o sites que você acessa. O problema do HTTP é que, quando se trata de informação sensível, ele não é seguro: hackers podem capturar as senhas de uma pessoa, e governos autoritários podem usar as brechas no protocolo para espionar seus cidadãos.
Isso não significa que é preciso desistir de fazer aquelas compras online ou de acessar sua conta bancária enquanto estiver no shopping. Só tenha certeza de que o endereço do site começa com HTTPS, a forma criptografada e mais segura do HTTP. O “S” a mais significa exatamente isso: secure, ou seguro, em português. O HTTPS adiciona criptografia ao protocolo padrão com o uso do Transport Layer Security (TLS) e de seu predecessor, o Secure Sockets Layer (SSL), tecnologias que permitem a comunicação segura na internet.
Reprodução
DE OLHO
Informações no Chrome sobre a segurança da página criptografada do Google. Firefox e IE 9 também têm funcionalidades para saber em quem confiar
Quando você acessa um site com HTTPS, o navegador pede as credenciais do servidor e valida essa informação através de bancos de dados próprios ou disponíveis no sistema operacional. Se o navegador aceitar as credencias, ele troca com o servidor uma chave de criptografia. Essas credenciais são emitidas por uma autoridade certificadora considerada confiável por outras companhias, como o Google ou a Microsoft. Navegadores modernos demonstram que um site é seguro no canto esquerdo da barra de endereços.
O SSL e o HTTPS existem há mais de 15 anos. Foram criados pela Netscape, uma das mais importantes empresas do começo da web, em 1995. Desde então, se tornaram bastante seguros (as primeiras versões tinham falhas), mas não foram adotados por toda a internet. Sites de banco e de comércio eletrônico normalmente usam o HTTPS, por lidarem com informações mais sensíveis, como números de cartão de crédito. Redes sociais, por outro lado, não se preocupavam muito com isso até recentemente.
O Twitter só apresentou uma opção oficial para usar o site sempre em HTTPS no dia 15 de março. Antes, era possível forçar a navegação segura digitando https:// na barra de endereços ou com o uso de extensões. O Facebook introduziu o HTTPS em janeiro: primeiro apenas na Tunísia, para proteger os usuários de um código malicioso que gravava todas as comunicações no site, e depois para o mundo todo. O Google possuiu uma versão beta criptografada do seu buscador que impede provedores de saberem quais buscas um usuário fez.
No começo de fevereiro o senador americano Charles Schumer disse à Reuters que para evitar o roubo de dados, os “principais sites devem mudar para endereços seguros em HTTPS em vez do menos seguro HTTP”. Isso até está acontecendo, mas de forma ainda opcional: tanto no Twitter quanto no Facebook é preciso ativar o HTTPS. Em alguns sites de compras e bancos o protocolo seguro só é ativado na hora de digitar a senha. No Gmail, no Google Docs, no PayPal e em outros endereços, por outro lado, a criptografia é padrão.
Mas enquanto o uso do HTTPS cresce, uma nova ameaça à segurança dos usuários de internet apareceu. Na metade de março, certificados para nove sites falsos foram roubados da Comodo, uma das maiores empresas que emite credenciais para sites. As credenciais foram usadas para atacar usuários de Gmail, Skype e outros serviços populares que usam HTTPS. Um hacker iraniano afirmou ter sido o responsável pelo roubo das licenças e pelos ataques. Mesmo redes criptografadas têm seus perigos e essas preocupações só devem aumentar.
Você presta atenção e confia nos sites que acessa? Uma dica é ler sobre como o seu navegador mostra a segurança das páginas - e prestar atenção naquelas em que você digita dados pessoais. Aqui os indicadores do Chrome, do Firefoxe do IE 9.

Fonte: Época 

Microsoft revela segredos do Kinect

Com mais de 10 milhões de unidades vendidas em cinco meses desde o lançamento, o Kinect parece ter pago todos os investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Tanto que pesquisadores da Microsoft divulgaram o primeiro artigo técnico descrevendo as inovações que permitiram o lançamento do produto.
O artigo, assinado por oito pesquisadores da empresa, foi disponibilizado no site da Microsoft Research, datado de Junho de 2011 - quando ele será publicado em um periódico do IEEE.
"Floresta de decisões aleatórias"
Os pesquisadores descrevem como, a partir de uma única imagem, é possível reconhecer partes do corpo humano em tempo real.
O algoritmo associa cada pixel da imagem a uma parte do corpo humano, criando uma imagem um tanto borrada da pessoa.
Graças ao sensor infravermelho do Kinect, o programa consegue detectar também a distância de cada parte do corpo, atribuindo ao pixel o dado adicional de profundidade.
Cada pixel é inicialmente avaliado com relação a determinados parâmetros - por exemplo, se o pixel está na parte de cima ou na parte de baixo do corpo.
A pontuação de cada parâmetro é então combinada com uma busca através de uma "floresta de decisões aleatórias" - essencialmente uma coleção de decisões que avaliam se um pixel com um conjunto específico de características pode ser atribuído a uma parte específica do corpo.
Localização das juntas
Os pesquisadores treinaram o sistema usando uma biblioteca de imagens de captura de movimento.
Eles inicialmente coletaram 500.000 quadros, catalogando movimentos como dançando, chutando ou correndo. A seguir, eles resumiram o conjunto inicial a 100.000 quadros descartando aqueles que não apresentam uma distância em relação aos demais de mais do que cinco centímetros.
Uma vez que as partes do corpo são identificadas, o sistema calcula a provável localização das juntas para construir um esqueleto 3D.
O Xbox roda o algoritmo 200 vezes por segundo, o que é cerca de 10 vezes mais rápido do que as técnicas anteriores de reconhecimento corporal. Com isto, os jogadores podem ser rastreados com rapidez suficiente para que seus movimentos sejam incorporados nos jogos.
E a equipe de cientistas da Microsoft dá alguns indícios do que os fãs da dupla Xbox-Kinect podem esperar no futuro.
A equipe planeja agora estudar como melhorar a precisão do sistema calculando diretamente as posições das juntas, eventualmente descartando a detecção inicial das partes do corpo.
Isso permitirá que o algoritmo rode muito mais rapidamente, o que poderá ser revertido em ganhos de resolução - será que o Kinect 2 será capaz de detectar o movimento individual dos dedos, por exemplo?
Fonte: IT

Monday, March 28, 2011

Como otimizar o uso de ferramentas colaborativas?

Em sua continua adoção de ferramentas colaborativas, a maioria das empresas ignora uma série de vantagens intrínsecas à sua aplicação. A constatação é de um estudo publicado recentemente pela Forrester, reunindo opiniões de 934 executivos.
Aos olhos de 64% deles, existem poucas vantagens (de zero a quatro) na adoção de plataformas colaborativas na corporação. No total, os executivos conseguiram reunir uma dúzia de fatores positivos relacionados à tecnologia colaborativa. Entre essas vantagens, destacam-se sua contribuição à redução das viagens e ao incremento da comunicação.
No caso dos deslocamentos, basta verificar os gastos com a viagem, antes e depois da implementação de ferramentas colaborativas. Comparação fácil de realizar.
“Tentar avaliar dados como aumento de produtividade é muito efêmero ou específico para servir de métrica confiável. Logo, as empresas podem ser beneficiadas com tais melhoras, mesmo que não percebam”, avalia o estudo da Forrester.
A Forrester aponta quatro itens para verificar se as plataformas colaborativas estão rendendo o esperado e como otimizá-las.
1.  Mapear resultados
Antes de optar por uma ferramenta colaborativa, é importante saber quais são os desafios enfrentados pelos colaboradores. As dificuldades podem estar nos meios de comunicação ou na busca das informações que precisam. Cabe realizar uma pesquisa com os colaboradores para averiguar se algum desses casos ocorre.
2. Destaque que pontos as ferramentas poderão otimizar
Uma vez arregimentadas as repostas, a Foorester sugere que sejam classificadas em categorias: aquelas que são passíveis de solução com base em tecnologia apenas, as que demandam por reengenharia de processos, questões de ordem cultural e outras, resultantes da combinação dos fatores citados anteriormente.
3. Analisar os ambientes de trabalho
Segundo o relatório da Forrester, os benefícios das soluções colaborativas são diretamente proporcionais à quantidade de recursos implementados na solução colaborativa. O estudo revela ainda que os benefícios começam a aparecer a partir da implementação de cinco recursos.
Plataformas de conversas de voz, rodadas localmente, por exemplo, podem ser melhoradas com um serviço de troca de mensagens instantâneas.
Outra sugestão é convidar os usuários a colaborarem no desenvolvimento da plataforma colaborativa. Assim a empresa poderá ter certeza de que está trabalhando para atender as necessidades dos usuários.
4. Definição de políticas de uso
Para determinar o sucesso da implementação, é crucial que haja adoção da solução em alta escala no ambiente de trabalho. Vale trabalhar em conjunto com os gestores da empresa para impulsionar a adoção. Entre as medidas que podem ajudar nesse processo estão treinamentos e incentivos para colaboradores mais empenhados em participar da comunidade de usuários.
Outra medida necessária é certificar-se de assegurar os benefícios que tenham mais vantagens do que a simples redução de custos. Vale expor os casos de maior sucesso de uso aos colaboradores e realizar reuniões para partilhar informações sobre o uso bem sucedido das soluções colaborativas.
(Kristin Burnham)
Fonte: CIO

Tuesday, March 22, 2011

Comércio eletrônico movimenta R$ 14,8 bi em 2010 no Brasil

O comércio eletrônico brasileiro atingiu R$ 14,8 bilhões no ano passado, crescimento de 40% sobre o ano anterior. Segundo a consultoria eBit, a Copa do Mundo puxou a alta, principalmente de eletrônicos como as TVs de LCD.
No ano passado foram feitos 40 milhões de pedidos, feitos por cerca de 23 milhões de consumidores. A compra media foi de R$ 373. Para 2011 a expectativa de faturamento é de R$ 20 bilhões.
E cerca de 60% dos consumidores on-line brasileiros já conhecem sites de compra coletiva, cerca de um ano depois de desses portais se popularizarem no pais. Segundo levantamento da consultoria feito com 2778 consumidores em 10 e 14 de marco, 61% da base afirmou já conhecer o conceito. Daqueles que compraram, 82 % afirmaram que repetiriam a experiência em até três meses.
Indicações de sites por amigos e parentes mostraram-se mais eficientes para as compras coletivas, segundo 37% da base. Os sites mais lembrados foram Groupon, Peixe Urbano e Click On.

O primeiro esboço do twitter e outras considerações

Primeiro esboço do twitter
O Twitter completa nesta segunda-feira 5 anos no ar. Mas a ideia do serviço, acreditem, vem de 1992. O programador Jack Dorsey, aos 15 anos, produzia softwares para que taxistas dissessem onde estavam. E daí pensou: por que não permitir às pessoas fazerem o mesmo?
O projeto ficou na gaveta até 2006, quando nasceu o Twitter. Entrevistei Jack para o Link em 2009. A reportagem foi publicada no dia 12 de março, quando a rede de microblogging fazia 3 anos.
Uma curiosidade: na ocasião, a previsão dos próprios responsáveis pelo Twitter era de que o serviço estourasse em 5 anos. Mas só foram necessários alguns meses para virar este “monstro” que é hoje.
Outra curiosidade: na entrevista, Jack conta porque no Twitter só cabem 140 caracteres: é o número máximo para mensagens SMS. Sim, o Twitter foi pensado para SMS originalmente.


Um homem de poucas palavras
Ele está com a caixa de e-mails lotada de pedidos para entrevistas.  Todos os dias, é pelo menos mais uma dezena que chega.  Há três anos, Jack Dorsey era apenas um desconhecido programador de softwares para rastreamento de táxis. Hoje, tornou-se @jack, acompanhado por mais de 140 mil pessoas, que querem saber o que ele pensa e faz.  Tudo por causa de uma ideia que teve aos 15 anos, estreou quando tinha 29 e transformou-se no maior sucesso digital agora que ele tem 32: o Twitter.
Dorsey é idealizador do serviço onde as pessoas expressam suas ideias, opiniões e informações em apenas 140 caracteres.  Uma ideia que nasceu em 1992, quando Jack se inspirou no trabalho que fazia: se era possível usar tecnologia para taxistas dizerem onde estavam, porque não daria para as pessoas fazerem o mesmo?  Tecnologicamente, só foi possível em 2006, quando, também, Jack convenceu o criador do Blogger, Evan Willians, a apostar na ideia.
Hoje, de The New York TimesTechcrunch e The Guardian aoLink, todos os veículos do mundo só falam de sua ideia, que tem quase 20 anos.  Muito barulho? “Sim.  Estamos muito contentes com isso.  Mas no fim das contas, foram três anos em que trabalhamos muito”, disse ao Link.
Jack é, como assume, de poucas palavras.  A maioria de suas respostas ao telefone poderia ser “twittada” em 140 caracteres.  E esse é um dos motivos para uma das principais características do Twitter: o texto curto. “Com um limite de tamanho, as pessoas são mais espontâneas e instantâneas.  A ideia é minimizar os pensamentos.”
Outra razão para os 140 caracteres é técnica.  Muitos celulares não enviam mais de 160 caracteres em uma mensagem SMS – necessária para postar no serviço de forma móvel.  Então, 20 caracteres ficam para o nome de usuário e o resto para o texto em si. “O Twitter nasceu para o celular.  Foi por isso que só estreou em 2006, porque havia tecnologia para isso”, diz. A ideia era que cada um “twittasse” respondendo à pergunta “o que você está fazendo agora?” e isso poderia ser acompanhado por quem se interessasse.
À primeira vista, o Twitter é uma rede social: você adiciona pessoas e pode conversar com elas.  Só que conta com uma pitada de autopublicação e instantaneidade e a troca de informações é frenética.  Mas Jack recusa o rótulo.  Para ele, rede social é organizar relações com amigos. “O Twitter é mais uma rede de notícias, onde cada um atualiza em texto a sua vida.  Quem quiser, segue.  Não é preciso ser amigo.  Uma pessoa pode te seguir e você pode não querer segui-la.”
E essa “rede de notícias” ganhou vida própria.  O celular, embora seja o meio predileto de Jack, que “twitta” o dia todo, não tornou-se – pelo menos ainda – preferência entre os usuários.  A maioria, diz, usa o PC.  Já a ideia original de se contar o que se está fazendo deu origem a um sem número de finalidades. “Não há regra.  Uns falam sobre a vida ou postam links; outros ‘twittam’ das férias. É um serviço que está se definindo.  A tecnologia é nova.  Todos os dias as pessoas acham novas utilidades.”
O serviço já virou plataforma de campanha de Barack Obama, serviu para que vítimas dos ataques em Mumbai em 2008 mandassem relatos ou que pousos forçados de aviões fossem noticiados.  Além, lógico, de fofoca.  A atriz Demi Moore se transformou em sua própria papparazzi e o Oscar foi comentado ao vivo por quase toda comunidade.
Assim o Twitter conquistou seus atuais 6 milhões de usuários, a maioria em EUA e Japão, mas o Brasil está “entre os dez mais”.  Em um ano, o serviço cresceu 900%.  Mas ainda há um desafio: falar com as massas.  Hoje, internautas antenados, como blogueiros, jornalistas e celebridades habitam o serviço.  Só que os “menos experientes”, ainda não.
Evan Williams, já disse que, para tornar-se para qualquer usuário, seria necessário cinco anos.  Jack, porém, não arrisca um prazo, mas diz que esse movimento já está acontecendo. “Há um ano e meio, éramos só para early adopters.  Isso já começou a mudar.” Para ele, a presença cada vez maior de personalidades deve atrair a massa.
Nesse processo, prevê, o serviço deve mudar para ficar ao gosto do novo freguês.  O que seria isso? “Não temos ideia.  Os novos usos das pessoas estão nos guiando.” Como deve ser o Twitter daqui a dois, cinco anos? “Não sei. É esperar para ver.”
Projeto ficou 17 anos na gaveta
Dos táxis para os celulares e PCs.  A ideia de permitir às pessoas enviar textos curtos e constantes vem da dinâmica das cidades.  Da mesma forma que produzia softwares para que taxistas pudessem informar a uma central onde estavam, Jack Dorsey, então com 15 anos, em 1992, imaginou que poderia permitir às pessoas comuns publicarem status de seu dia a dia.  No final, tudo convergiria para uma forma de sentir o que a cidade estava fazendo e pensando naquele momento.
O projeto ficou adormecido até 2000.  No ano, quando ainda fazia softwares para táxis, Jack desenhou em uma folha de papel o esqueleto do que viria a ser o Twitter. “Mas ainda não havia tecnologia que permitisse a mobilidade.” E o Twitter voltou para a gaveta.
Em 2006, o programador foi trabalhar em uma empresa chamada Odeo, de podcasting.  Aí sim.  Foi lá que Jack conheceu o criador do Blogger – que havia vendido o serviço para o Google havia três anos –, Evan Williams, que era o dono da Odeo na época.  Lá também trabalhava outro programador, Biz Stone. “Mostrei para o Evan o projeto.  Ele gostou e me pediu para desenvolver um protótipo em duas semanas, o que o Biz me ajudou a fazer.” É por essa junção que tanto Evan como Jack e Biz são considerados criadores do Twitter.
O nome dado ao serviço, inclusive, foi um processo curioso.  Os criadores estavam em busca de uma nomenclatura que significasse “um movimento físico”. “Quando você recebe uma mensagem do Twitter no celular, ele vibra com um som parecido com ‘twitch’.  Fomos olhar no dicionário palavras semelhantes a isso.  Encontramos Twitter, que significa “espalhar informações inconsequentes” e o gorjeio de pássaros.  Descrevia muito bem o serviço.”
Em março de 2006, o serviço foi lançado para testes internos.  E em agosto, teve estreia para o público em geral.  No começo, o Twitter não era o produto principal da empresa.  Mas tornou-se a partir de abril de 2007, quando a Odeo viu que não haveria como competir com a Apple na área de podcasts.  E uma nova empresa foi criada, com, além de Evan, Jack e Biz como donos.