Wednesday, April 20, 2011

Cientistas teletransportam gato de Schrodinger

O experimento envolve algumas das questóes mais intrigantes da física atual: a luz é uma onda, uma partícula, as duas coisas, ou nenhuma das duas coisas? [Imagem: Science/AAAS]
Se o experimento mental dogato de Schrodinger já não fosse estranho o suficiente, agora cientistas conseguiram complicar tudo um pouco mais.
A equipe do Dr. Noriyuki Lee e seus colegas da Universidade de Tóquio, no Japão, descobriram uma forma de teletransportar o gato de Schrodinger.
Teletransporte
teletransporte quântico já foi demonstrado com átomos e até mesmo com moléculas de DNA.
No teletransporte quântico, a informação (como o spin de uma partícula ou a polarização de um fóton) é transferida de um local para o outro, sem que ocorra o deslocamento por um meio físico.
Não há transferência de energia nem de matéria.
Gato de Schrodinger
Já o famoso gato morto/vivo foi idealizado por Erwin Schrodinger para explicar o fenômeno quântico da superposição, em que uma partícula fica em dois estados simultaneamente, somente se decidindo entre um deles - ou colapsando, como dizem os físicos - quando se tenta medir esse estado.
Schrodinger explicou isto em termos de objetos em escala macro: um gato fechado em uma caixa contendo um frasco de veneno. O frasco estará aberto se uma partícula quântica estiver em um estado, e fechado se a partícula estiver em outro estado.
Em termos quânticos, o gato estará vivo e morto simultaneamente. Somente quando alguém abrir a caixa - o equivalente a medir o estado quântico da partícula - a partícula colapsará e conheceremos o real estado do gato - vivo ou morto.
Teletransporte do gato de Schrodinger
Depois de ser teletransportado, gato de Schrodinger chega do outro lado no seu paradoxal estado de vivo/morto. [Imagem: Science/AAAS]
Teletransporte do gato de Schrodinger
Os pesquisadores descobriram uma forma de teletransportar um quanta de luz, ou um fóton, que está em um estado de superposição, ou seja, no chamado estado do gato de Schrodinger.
A partícula quântica superposta é destruída em um local e integralmente reconstruída em outro local, sem perder nenhuma de suas sensíveis propriedades quânticas - ou seja, o gato de Schrodinger chega do outro lado no seu paradoxal estado de vivo/morto.
Os pesquisadores começaram construindo um estado de entrelaçamento, no qual duas partículas compartilham propriedades qualquer que seja a distância entre elas.
Em outro ponto, eles construíram o gato de Schrodinger, a partícula em superposição, que deveria ser teletransportada.
O funcionamento do sistema de teletransporte propriamente dito dificilmente poderia ser descrito em linguagem não-matemática - veja na imagem o aparato necessário para executá-lo.
O processo envolve uma sequência de passos que combinam múltiplos fenômenos quânticos, incluindo compressão e subtração de fótons, entrelaçamento e detecção homódina.
Teletransporte do gato de Schrodinger
O estado do gato de Schrodinger deve ser destruído em um lugar para que ele reapareça em outro - não foi uma clonagem, mas um teletransporte real. [Imagem: Science/AAAS]
Limite da não-clonagem
Apesar da complexidade do processo e da fragilidade dos estados quânticos envolvidos, os cientistas conseguiram comprovar o teletransporte usando uma ferramenta matemática conhecida como Função de Wigner, que descreve o quão "quântico" um pulso de luz é.
Essa função apresenta valores negativos que funcionam como uma medição da qualidade do teletransporte. Esta qualidade é medida por um número, chamado fidelidade, que deve ser maior do que 2/3 em uma operação de teletransporte feita com sucesso.
Esse valor de 2/3 é o chamado limite da não-clonagem, que garante que não existe mais nenhuma cópia da partícula quântica na origem - o estado do gato de Schrodinger deve ser destruído em um lugar para que ele reapareça em outro.
Ou seja, a partícula superposta de fato foi destruída em um ponto e recriada exatamente igual em outro - ela foi realmente teletransportada.
Transferência instantânea de informação
O experimento demonstra um mecanismo que poderá ser usado para projetarcomputadores quânticos que serão capazes de transportar informações com precisão e com absoluta segurança - e instantaneamente.
Em vez de disparar os bits através de fibras ópticas, onde há sempre o risco de que eles sejam monitorados por bisbilhoteiros, esses bits poderão ser teletransportados diretamente para o destino.
O mecanismo também é de interesse para o processamento quântico - basta imaginar algo como um dado que sai de um núcleo de processamento diretamente para outro núcleo, ou o resultado de um cálculo que chega instantaneamente no ponto do circuito onde ele está sendo esperado para o próximo passo do algoritmo.
Teletransporte do gato de Schrodinger
A "sala de teletransporte" usada pelos cientistas japoneses não lembra em nada os aparatos vistos em filmes de ficção científica - e ela só funciona em escala quântica. [Imagem: Science/AAAS]
Luz sobre a luz
Do ponto de vista científico, o experimento demonstra o avanço obtido na manipulação dos objetos quânticos, há poucos anos vistos como meras abstrações.
E renova as esperanças de que os cientistas logo encontrem uma forma de representar graficamente os estados quânticos das partículas, para que tais estados possam ser visualizados diretamente.
Talvez então se conseguirá lançar alguma luz sobre o mistério da própria luz: a luz é uma onda, uma partícula, as duas coisas, ou nenhuma das duas coisas?
Bibliografia:


Teleportation of Nonclassical Wave Packets of Light

Noriyuki Lee, Hugo Benichi, Yuishi Takeno, Shuntaro Takeda, James Webb, Elanor Huntington, Akira Furusawa
Science
15 April 2011
Vol.: 332 no. 6027 pp. 330-333
DOI: 10.1126/science.1201034


Make It Quantum and Continuous

Philippe Grangier
Science
15 April 2011
Vol.: 332 no. 6027 pp. 313-314
DOI: 10.1126/science.1204814


Fonte: Inovação Tecnológica

Revoluções e as mídias sociais

Mensagens de texto e o Facebook afetam ou não a política - e os levantes - de um país? Clay Shirky e Malcolm Gladwell protagonizaram mais um capítulo da discussão
RENAN DISSENHA FAGUNDES
Wael Ghonim é executivo do Google e foi um dos organizadores do movimento de 25 de janeiro, no Egito, início das manifestações que levaram a queda do ditador Hosni Mubarak. O Facebook foi uma peça fundamental na comunicação e organização dos protestos, tanto que Ghonim, depois que Mubarak não estava mais no poder, afirmou à CNN que gostaria de conhecer Mark Zuckerberg, fundador da rede social, para agradecê-lo. Pouco antes, na revolução que derrubou o governo da Tunísia, a internet também tivera um papel organizador importante. E é possível voltar ainda mais: mensagens de texto foram importantes para a organização, em 2001, de um protesto nas Filipinas que garantiu a saída do presidente Joseph Estrada do poder e, em 2004, de um protesto na Espanha que mudou o curso da eleição para primeiro-ministro no país.

Mídias sociais - mensagens de textos, o Twitter, o Facebook, fóruns online - mudam alguma coisa na forma de organizar protestos? A tecnologia é importante para derrubar governos? Embora já tenha mais de uma década, essa discussão ganhou espaço principalmente depois das manifestações - sem sucesso - no Irã, em junho 2009, e agora com os recentes protestos na África. Céticos e entusiastas discordam das mais diversas maneiras. A discussão mais recente ocorreu entre Clay Shirky e Malcolm Gladwell, nas páginas da última edição da Foreign Affairs, revista sobre política externa publicada bimestralmente desde 1922 pelo Council on Foreign Relations, organização sem fins lucrativos americana baseada em Nova York.

Shirky, professor de novas mídias na Universidade de Nova York, é o entusiasta. No livro Here Comes Everybody, publicado em 2008, Shirky defende que ferramentas da web, como o Wordpress, o Twitter ou a Wikipedia, alteram a forma como grupos podem se organizar e se comunicar. A Foreign Affairs publicou na edição de janeiro/fevereiro um texto de Shirky entitulado The Political Power of Social Media (O poder político da mídia social), em que o autor fala sobre como a política externa do governo americano para liberdade na internet está indo por um caminho errado: o desenvolvimento de ferramentas para impedir a censura de sites como o Google e o New York Times (para aumentar o acesso à informação) ao invés de defender mídias usadas pelos cidadãos para se comunicar uns com os outros.

O argumento de Shirky é que ferramentas e mídias sociais tiveram um papel importante na organização tanto dos protestos que tiveram resultados - como na Espanha ou no Egito - quanto naqueles em que o governo saiu vitorioso - o Irã em 2009, mas também na Bielo-Rússia em 2006 e na Tailândia em 2010. "Assim como Lutero adotou a recém-inventada imprensa para protestar contra a Igreja Católica, e os revolucionários americanos sincronizaram suas crenças usando o serviço postal criado por Benjamin Franklin, os movimentos dissidentes de hoje vão usar qualquer forma possível para coordenar suas ações", escreveu.

Shirky, por outro lado, apesar de seu entusiasmo, deixa claro que não acredita que a tecnologia derruba governos - nem agora, e nem no passado -, mas que ferramentas de comunicação têm um papel de apoio: ajudam as pessoas a se organizarem quando o Estado está enfraquecido. Shirky também acredita que a habilidade pessoas se comunicarem entre elas é mais importante do que o acesso à informações divulgadas por meios de comunicação de massa. Celulares e redes sociais como o Twitter e o Facebook são assim mais importantes para revoluções do que acesso à mídia tradicional ou ao YouTube.

De acordo com Shirky há dois argumentos básicos de crítica contra a ideia de que as mídias sociais fazem alguma diferença na política de um país: que as ferramentas não fazem diferença, e que elas produzem mais danos do que coisas boas, pois são usadas também pelos governos autoritários. Gladwell, cético, defende o primeiro desses argumentos. Em resposta ao texto de Shirky, Gladwell escreveu na Foreign Affairs que "para que uma inovação faça diferença, ela precisa resolver um problema que em primeiro lugar era de fato um problema". "Que evidências existem de que as revoluções sociais na era pré-internet sofreram com a falta de ferramentas organizacionais e de comunicações de ponta?", escreveu.

Gladwell afirma que o argumento de Shirky só seria persuasivo se ele pudesse convencer os leitores de que os levantes que usaram mídias sociais não poderiam ocorrer sem essas ferramentas. Shirky respondeu na mesma edição da Foreign Affairs: "As mídias sociais permitem que insurgentes tenham novas estratégias? E essas estratégias já foram cruciais? Aqui, a história da última década é inequívoca: sim, e sim", escreveu. "Como Gladwell notou anteriormente, essas mudanças não permitem que grupos não comprometidos consigam uma ação política efetiva. Mas permitem que grupos empenhados joguem com novas regras."

Uma das principais críticas de Gladwell é que a internet gera o que ficou conhecido no Brasil como "ativismo de sofá": a ideia de que é possível conseguir a mudança social apenas pela internet. Em outubro de 2010, o jornalista publicou naNew Yorker, revista da qual é repórter desde 1996, um artigo chamado Small Change, em que defende que as "ligações fracas" formadas entre usuários das mídias sociais não substituem as "ligações fortes" da vida real. Gladwell parece não querer levar em conta o uso dessas mídias pelas redes de pessoas do mundo real. O subtítulo do artigo na New Yorker é "a revolução não vai ser tuitada", referência a famosa frase "a revolução não vai ser televisionada", de Gil Scott-Heron. Mas, ao contrário da TV, a principal ação da internet não é distribuir informação: é permitir novas formas de comunicação entre as pessoas.

Tuesday, April 19, 2011

Entrevista com Andrew Mason – fundador do Groupon

Você pode até não conhecê-lo ainda, mas vai ouvir falar dele e de sua empresa cada vez mais daqui para frente. Em tempo recorde, Andrew Mason ergue um negócio bilionário.Fundado em novembro de 2008, o Groupon, site que iniciou a febre mundial das compras coletivas, é a empresa de crescimento mais rápido da história – à frente de Google, Amazon e Facebook. Já em valor de mercado, a única empresa a superar a marca de US$ 1 bilhão mais rápido que o Groupon foi o YouTube, que desde 2006 pertence ao Google, mas a despeito do grande número de usuários ainda não dá lucro. Diferente de muitas companhias surgidas na internet nos últimos anos, como o Twitter e o próprio YouTube, o Groupon possui um modelo de negócios claro e eficiente.
Mason que se descreve como um “típico geek recluso” cresceu no subúrbio de Pittsburgh, perto de Chicago. Aos 6 anos, ele começou aulas de piano e até os 20 poucos queria seguir a carreira musical. Programador autodidata, ele lançou em novembro de 2007 um site chamado The Point que era para fazer petições online e angariar apoio para todos os tipos de causas. O site fez algum barulho, mas não era rentável. Foi quando ele começou a madurar a ideia do Groupon. Em entrevista exclusiva, Mason, de 29 anos, fala sobre o sucesso inesperado, os planos para o Brasil e a importância de manter as coisas simples nos negócios.
Qual a sua opinião sobre os mais de mil sites no mundo que copiaram o modelo que você criou?
MASON – Não tenho nada contra os nossos clones no geral. Em muitos países, eles estão contribuindo para divulgar nosso modelo. As pessoas à frente de alguns deles são empreendedores apaixonados. E eles podem virem a se tornar nossos parceiros. Estamos nos espalhando pelo mundo rapidamente e em alguns países comprar um site já estabelecido pode ser o melhor caminho. Fizemos isso na Europa, no Japão, no Chile e na Rússia, por exemplo.

Mas não no Brasil. Por que?
MASON – Não acreditávamos que havia um líder estabelecido no seu País. E acho que estávamos certos. Em poucos meses já temos mais de 600 mil usuários cadastrados no Brasil.

Como o Groupon espera se consolidar como líder global de compras coletivas?
MASON – O mais importante é focar em acordos de grande qualidade e estabelecer boas parcerias com os melhores negócios em cada país e cidade. É isso que vai determinar nosso sucesso. É importante também tentar entender por que há tantos clones. Primeiro, não há uma grande diferenciação entre o que oferecemos e nossos concorrentes. Mas outro aspecto é que ao oferecermos apenas uma oferta por dia não damos conta de atender todos os negócios interessados. Estamos nos tornando uma marca global e as melhores marcas vão continuar querendo trabalhar conosco.

Quais os seus planos específicos para o Brasil?
MASON – Crescer o Groupon para mais cidades e regiões. Há muitas grandes áreas urbanas no Brasil. Continuar inovando é uma obsessão para nós. E vamos oferecer promoções personalizadas de acordo com o perfil de cada usuário. É algo que já começamos nos Estados Unidos. O seu País já é hoje um dos nossos cinco principais mercados, mas caminha para em breve ser o segundo maior. O usuário brasileiro é muito social e a velocidade com que estamos crescendo no Brasil é maior que em qualquer outro país no mundo.

O número de sites de compras coletivas no Brasil se aproxima de 40 e ao menos dois são fortes concorrentes ao Clube Urbano. Qual o seu recado para eles?
MASON – Diga a eles que não nos contentaremos em ser o número 2. Não posso revelar valores, mas estamos investindo de forma agressiva no Brasil. No final de outubro irei conhecer ao seu Pais ajudar nossa equipe local.

Qual o papel do Groupon na evolução do comércio eletrônico?
MASON – Somos a empresa que finalmente abriu as portas do e-commerce para milhares de pequenos negócios locais. E estamos apenas no começo. Acreditamos que temos o potencial de mudar a maneira como as pessoas se relacionam e compram em negócios locais assim como a Amazon mudou a maneira como as pessoas compras produtos e bens duráveis. Acho que estamos no caminho.

Mas como nasceu a ideia do Groupon? 
MASON – Meu objetivo era oferecer uma maneira das pessoas – eu inclusive – descobrir lugares bacanas para ir na sua cidade. Sou um típico geek recluso que fica na frente do computador todo o tempo. E toda festa de final de ano, eu pensava sobre as coisas que não havia feito naquele ano, as experiências que não tinha tido. Seja pelo alto preço ou por não ter certeza se seria legal. O Groupon é um incentivo para levantarmos do sofá e experimentarmos algo excitante em nossas cidades e com as pessoas que gostamos. Mas a grande surpresa para mim foi o imenso apetite dos pequenos negócios por novos consumidores. E isso foi essencial para o nosso sucesso. Atendemos aos anseios dos consumidores, mas também dos estabelecimentos. 97% das empresas querem fazer novas ofertas conosco.

O Groupon está avaliado em mais de US$ 1 bilhão, onde vocês podem chegar?
MASON – Nos Estados Unidos, 80% do dinheiro gasto pelas pessoas é na sua vizinhança. Portanto, é uma grande oportunidade. E estamos focados em melhorar nossa plataforma para aproveitar esse que considero um dos maiores negócios ainda em desenvolvimento no mundo. O mercado de compras coletivas será ainda maior do que podemos imaginar. Nunca houve nada, seja rádio, televisão, jornais ou o Google, tão eficiente em atrair novos consumidores como nós. Somos a melhor forma de propaganda para um negócio local até hoje.

Mas como continuar relevante no futuro?
MASON – O próximo passo para nós é tornar a experiência mais relevante e recompensadora. Durante os últimos meses desenvolvemos um algoritmo capaz de oferecer promoções personalizadas. Mas não podemos perder a capacidade de surpreender os usuários. Esse é um grande desafio.

E qual o maior fraqueza do Groupon?
MASON – Acredito que é a incapacidade de oferecer mais de uma promoção por dia. E a demanda dos negócios locais é muito grande. Temos mais de 40 mil estabelecimentos na fila. Esperando para anunciar seus produtos e serviços. As ofertas personalizadas vão permitir oferecermos um número maior de promoções diferentes em um mesmo dia, em uma mesma cidade. Outro caminho está na divisão de grandes cidades, com diferentes ofertas para cada região.

Houve dificuldade em obter investimentos no começo do site?
MASON – Conseguir investidores interessados em participar do nosso projeto nunca foi um obstáculo. O maior desafio no começo foi provar que o nosso negócio era bom e funcionava. Encontrar parceiros dispostos a experimentar algo inovador nem sempre fácil. Mas em algumas semanas o negócio decolou.

Você tem planos de abrir o capital do Groupon?
MASON – Não temos planos de entrar na bolsa. Eu nunca me considerei um empresário antes do Groupon. Eu gosto de construir coisas e meu objetivo agora é apenas melhorar o serviço.

Qual a lição mais importante que você aprendeu com o Groupon?
MASON – Mantenha as coisas simples. Antes do Groupon tinha uma outra empresa de internet chamada The Point uma plataforma online para fazer petições e angariar apoio para todos os tipos de causas. Ela era complicada e as pessoas não a usavam ou entendiam bem. Encontrar a essência do seu negócio e garantir que qualquer um possa entende-lo em poucos segundos. Foi isso que busquei fazer com o Groupon. E acredito que se conseguir fazer isso às chances de sucesso serão muito maiores.

Por: Isto é Dinheiro

Wednesday, April 13, 2011

Tecnologia digital e redes sociais ajudam a difundir o 'crowdfunding' no Brasil

No Brasil, o "crowdfunding" - o financiamento coletivo que viabiliza shows, filmes, projetos jornalísticos e culturais - começa a ganhar força e espaço. Tudo potencializado pela força das mídias digitais e das redes sociais. O modelo de negócios tem atraído a atenção de grandes empresas.


Fonte: Mundo S/A

Entrevista: Suhas Gopinath sobre empreendedorismo jovem

Aos 17 anos, Suhas Gopinath foi reconhecido como “World’s  Youngest  CEO” por veículos como BBC e Washington Times. Ao longo de sua carreira (ainda muito promissora) já foi reconhecido por várias escolas de negócios e empreendedorismo na Índia e no resto do mundo.
Suhas é indiano e mora em Bangalore. Atua como CEO e Presidente da Globals Inc., empresa que ele fundou aos 14 anos e que rapidamente cresceu internacionalmente e está presente em 11 países.
Algumas outras honras que ele recebeu:
  • 2007 – “Young Achiever Award” pelo Parlamento Europeu.
  • 2008/2009 – um dos “Young  Global Leaders” pelo Fórum Econômico Mundial.
  • 2009 – faz parte do conselho de TIC do Banco Mundial
Suhas, empreendedor desde os 14 anos
Suhas empreendedor desde os 14 anos
1- Como você começou sua carreira como empreendedor?
Apesar de alguns contra-pesos, como ninguém da minha família ser envolvido em negócios e querer ser um veterinário quando estava na escola, acabei conhecendo a internet através do meu irmão mais velho num cyber café. Fiquei completamente fascinado pelo mundo da internet, mas eu tinha um problema, pois por volta de 1999-2000 uma hora de internet num cyber café custava 10 rúpias e minha mesada era de 25 rúpias.
Como o cyber café ficava fechado todos os dias entre 13 e 16h para almoço, enxerguei uma oportunidade e fiz um acordo com o dono da loja: eu cuidaria da loja durante essas horas para que seu faturamento aumentasse, mas em contrapartida não pagaria pelo uso da internet. Assim, passei grande parte das minhas horas aprendendo como construir websites e, depois de alguns meses, comecei a construir meu próprio portal, mirando oferecer suas habilidades de desenvolvimento web como um freelancer para pequenas e médias empresas dos EUA.
Foi muito difícil convencer empresas a comprarem meus serviços, já que todas queriam saber minhas qualificações acadêmicas e ficavam inseguras quando viam que era um garoto do colegial que queria ser seu freelancer para desenvolvimento web; foi aí quando meu espírito empreendedor deu uma guinada e decidi um dia abrir uma empresa que não recrutaria olhando para a parte acadêmica do candidato.
Quando uma empresa nos EUA me ofereceu uma bolsa de estudos para estudar lá e trabalhar para eles nos finais de semana, eu não aceitei. Sempre quis ser um empreendedor e foi quando, aos 14 anos, em 2000, abri a minha empresa.
2- Quais foram os desafios que você enfrentou como um empreendedor? Como você os superou?
Como falei, ser muito novo não ajudou muito no começo e na verdade até hoje atrapalha às vezes. Na última vez que fui convidado pra falar num seminário, não permitiram minha entrada já que pensaram que eu era um estudante, mas me apresentei pra eles como um dos palestrantes!
As competências são certamente um dos mais fortes critérios de escolha para um novo negócio, mas muitas vezes o que importa é quem é a pessoa que faz acontecer. Às vezes parceiros de negócios sentem-se inseguros vendo minha idade. Quando eu tinha 17 anos, uma das empresas parceiras não me autorizou a asssinar um contrato e exigiu um maior de 18 anos para isso.  Além disso, é bem complicado lidar com agências governamentais na Índia sendo menor de idade e com uma família de classe média não inserida no mundo dos negócios.
3- Que hábitos você ainda mantém dos seus primeiros dias como um empreendedor?
Não gastar muito dinheiro e levar uma vida modesta! Eu ainda uso meu tempo livre como voluntário em organizações que ajudam animais. Na vida profissional, eu tento ao máximo garantir uma grande harmonia com meus colegas, e garantir que sou acessível a todos os funcionários.
4- Qual é a sua mensagem para jovens empreendedores que estão enfrentando dificuldades parecidas com as que você teve?
Eu peço fortemente que jovens optem pelo empreendedorismo, não só como uma forma de liberdade para inovação, como também uma forma de contribuir com o crescimento econômico de sua região e, principalmente, como uma forma de ser socialmente responsável oferecendo empregos a outros jovens.

Monday, April 11, 2011

Steve Jobs vira ‘iSteve’ e ganha biografia

A vida do fundador da Apple, Steve Jobs, vai enfim virar uma biografia autorizada, que deve chegar às lojas norte-americanas no início do ano que vem.
É a primeira vez que Jobs, que tem 56 anos, vem lutando contra problemas de saúde e sempre foi conhecido pela discrição com que trata sua vida particular, aceita uma oferta para ser personagem de um livro sobre sua própria história. Fascinante, diga-se de passagem – encaminhado para adoção em 1955 e criado por uma família humilde a fundador e CEO da que é considerada uma das empresas mais valiosas e visionárias do mundo.
O título escolhido para a obra não poderia ser mais apropriado: “iSteve, The Book of Jobs”, com o prefixo ‘i’ que identifica os produtos mais famosos da marca da maçã, como iMac, iPod, iPhone, iPad. Walter Isaacson, ex-presidente da rede de TV CNN, será o autor da obra, de acordo com a editora Simon & Schuster.
A editora anunciou o livro com estardalhaço nos EUA, dizendo que o resultado da obra retratará fielmente um dos “maiores inovadores dos nossos tempos, contando a história única de um gênio visionário”.
Isaacson já é o autor de biografias de personagens como Albert Einstin e Benjamin Franklin, e vem coletando entrevistas com Jobs, seus familiares, amigos e concorrentes desde 2009.
No passado, Jobs e Apple já tentaram inclusive intimidar autores de biografias não autorizadas. O ‘Sunday Times’ publicou, em 2009, um grande perfil de Jobs feito pelo jornalista Bryan Appleyard, que à época chegou a divulgar ter sofrido ameaças da Apple para que não escrevesse o artigo, de acordo com o portal Appleinsider.
Já o livro ‘iCon Steve Jobs: The Greatest Second Act in the History of Business’ (O Segundo Grande ato da História dos Negócios), de Jeffrey Young e William Simon, de 2005, chegou a ser publicado. A Apple retaliou, banindo todos os títulos da editora responsável da loja iTunes.
No Brasil, um dos títulos disponíveis é “A Cabeça de Steve Jobs”, de Leander Kahney, editor da Wired. Não é bem uma biografia, mas uma ótima obra sobre negócios, que mostra como Jobs transformou a Apple na gigante de hoje, inclusive tendo salvado a empresa de uma falência iminente, em 1996.

Man in the Arena - Rafael Siqueira (Apontador)

Friday, April 8, 2011

O garoto-prodígio da vez




O Tumblr não é uma plataforma comum de blogs. Um tumblog – que é como a empresa se refere aos seus sites – nem é bem um blog. Apesar de parecer e funcionar como um, ele foi desenhado com um tipo específico em mente: o preguiçoso. David Karp, seu fundador, criou o conceito ao tentar facilitar a vida de gente como ele, que não gosta muito de escrever e que achava que perderia tempo demais para manter uma página pessoal.

As ações mais comuns da sua comunidade de usuários foram estudadas pela equipe de programadores – dez pessoas em uma sala no Brooklyn, em Nova York, e não centenas enfurnadas em uma corporação no Vale do Silício – e as interações foram reduzidas a simples botões, justamente para que dessem pouquíssimo ou nenhum trabalho para quem quer blogar.

Aprovou o conteúdo? ‘Heart it’ clicando no ícone do coração, o ‘curtir’ do Tumblr. Quer republicá-lo? Clique no botão ‘reblog’, o retweet do Tumblr, e ele será transferido na hora para a sua página. Bastam alguns segundos para criar uma página, que parece mais profissional do que improvisada por causa dos temas de fundo cool e minimalistas, cuidadosamente escolhidos pela equipe de design. Depois de iniciá-la, não demorará muito para que você comece a receber as reações da sua rede de contatos, que funciona como em uma rede social em que se segue e é seguido por causa do seu bom gosto, audiência ou reputação.
Adaptando-se aos pedidos da sua comunidade de usuários, o site começou a se tornar popular à medida que foi ficando cada vez mais simples. É como se o WordPress ou Blogger, seus ancestrais, tivessem cruzado com uma rede social dinâmica como o Facebook e flertado com um serviço de rápida reprodução de informação como o Twitter. Os tumblogs são rápidos e virais como o Twitpic, e não álbuns de família estáticos como se tornaram os dinossauros Flickr e Picasa. Ao contrário desses dois sites, em que fotógrafos amadores e profissionais sobem fotos próprias, não há direito autoral que restrinja o que entra no Tumblr – virtualmente, qualquer bizarrice ou imagem curiosa, produzida por qualquer um e em qualquer lugar, achada no randômico mundo da internet.
Os usuários sobem principalmente imagens nas suas páginas, mas a plataforma também permite que se inclua texto, frases, links, música, vídeos e até trechos de chat. Como os moderadores (ainda) são liberais com o conteúdo que entra nos servidores, ele pode pender para a escatologia do 4chan e frequentemente espalhar arquivos piratas, pornografia e todo tipo de conteúdo NSFW (sigla para a expressão em inglês “not safe for work”, aquilo que pode causar constrangimento se for aberto no trabalho). Karp diz que páginas do tipo são apenas 4% do total, mas esconde o número de cliques que o seu site já ganhou com elas – provavelmente, a maioria. Em fevereiro, o site teve 1 bilhão de page views, na frente de concorrentes como o seu clone Posterous e os habituais WordPress e Blogger.
Tudo por causa da sua facilidade. Era essa instantaneidade que o autodidata Karp queria aplicar nas mídias sociais quando, aos 15 anos, largou a escola e, aos 20, começou a apostar no Tumblr.
Atualmente aos 23, é o garoto prodígio predileto da imprensa norte-americana, tratando-o da mesma forma como já se referiu a Bill Gates – que fundou a Microsoft aos 20 – e Steve Jobs – que lançou o primeiro computador da Apple aos 21. Moleque, mas também o milionário CEO de uma empresa que já juntou 15 milhões de usuários e acaba de ganhar US$ 30 milhões de investidores que esperam que ela cresça ainda mais. Só do começo de 2010 para o de 2011, o site aumentou 1.540%, diz a ComScore, ameaçando passar serviços mais tradicionais e se tornar a maior ferramenta de autopublicação de toda a internet.

Tuesday, April 5, 2011

“O samba da startup”: suíço explica 10 razões para investir em startups brasileiras

Há alguns dias, recebemos um comentário muito legal do suíço Ago Cluytens na versão em inglês do nosso post sobre “o ano do dinheiro estrangeiro no Brasil“. Ele é consultor de “branding através das pessoas”, vive com uma brasileira em Genebra e está interessado em juntar forças e benefícios na cena brasileira de startups.

Contatei-o para trocar mais informações e ele acabou criando o post “O samba da startup: dez razões para investir em startups brasileiras“, que eu traduzo aqui.
O comentário dele no nosso post diz o seguinte:
“Como um empreendedor sediado na Suíça, eu posso confirmar que há um forte interesse aqui em investir no Brasil – não apenas de uma perspectiva corporativa, mas cada vez mais também de anjos de negócio e empreendedores individuais.
Com o crescimento Europa afora e a diminuição do ritmo norte-americano, os BrIC (a minúscula é de propósito) estão atraindo interesse crescente. A combinação de crescimento lento, mercados maduros, retornos baixos e voláteis e uma relativa abundância de capital acompanhado de um clima de investimentos maduro na Europa e nos Estados Unidos fazem o Brasil parecer uma destinação ideal.
Por experiência, sei que o Brasil não é um lugar fácil para estrangeiros fazerem negócios. A melhor coisa a ser feita para ter “dólares entrando pela porta” é criar uma estrutura (framework legal) para investidores, acompanhado com forte promoção nos mercados-alvo”.
o post, cheio de links para fontes internacionais, que ele criou depois para aprofundar a questão:
Já há vários anos que eu venho prestando atenção no Brasil e na sua cena de startups. A partir de uma perspectiva de negócios, o Brasil está florescendo há vários anos, com aumentos massivos em investimento estrangeiro e uma atenção crescente de companhias sediadas nos Estados Unidos e na Europa. Mesmo que seu desempenho econômico não seja tão estelar como seus colegas de BRIC, está claro que um mercado potencial de 192 milhões de habitantes, recursos naturais abundantes e um PIB de quase o dobro da média europeia significam uma proposição de valor muito atrativa para potenciais investidores.
Seguindo uma conversa com Diego Remus, CEO do Startupi, um dos blogs líderes no Brasil, fiquei surpreso ao aprender que a cena empreendedora brasileira não parece estar realmente vendo muito desses investimentos – anjos e firmas de capital de risco estrangeiros parecem relutantes a investir em startups brasileiras. De acordo com um post recente, “Em setembro de 2009, o Naspers Group, já presente no Brasil, adquiriu quase todo Grupo Buscapé. Fazia tempo que não se via uma aquisição tão notável por aqui. Todo mundo ficou na expectativa de mais compras, que podem até ter demorado um pouco, mas vem acontecendo”.
Está claro que o Brasil pode ser um mercado bem difícil para empreendedores: taxas de interesse e spreads são artificialmente altos, a paisagem regulatória é uma bagunça e leva em média 152 dias para iniciar um negócio (média global: 47,8). Ainda assim, há tremendas oportunidades em potencial aguardando por aqueles que são bravos o suficiente para nadar contra a corrente e dar uma bela olhada no que o Brasil tem a oferecer. Então, se você é um anjo de negocios ou está em um fundo de capital de risco, aqui vão dez motivos pelos quais você deveria ao menos considerar o Brasil como seu próximo destino de investimentos.
1) Falta de investimentos informais: todo novo negócio requer capital, e os 3Fs (amigos, trouxas e familiares – de friends, fools and family), bem como os anjos de negócios, formam uma fonte importante de fundos para startups recém-criadas. De acordo com o relatório de 2009 do Global Entrepreneurship Monitor, “Rússia e Brasil, com 0.1%, tem o mais baixo volume de investimento informal entre todas as nações analisadas”. Como resultado imediato, muitas startups brasileiras estão tendo dificuldade para encontrar dinheiro – ou talvez nem sejam criadas. Compare com Europa e os Estados Unidos, onde o capital é abundante mas as oportunidades são poucas. Soa interessante?
2) Alto custo do capital: com taxas de interesse que nem tão antigamente giravam em torno de 3 a 5% por mês e em torno de 20% para grandes companhias, o capital é extremamente caro – isso se você o conseuir. Muitos investidores desse lado do Atlântico ficariam felizes em prover capital com uma taxa anual garantida em torno de 10% – metade da taxa brasileira, dependendo do risco. Financiar startups brasileiras com dinheiro europeu poderia significar retornos muito atrativos para investidores privados que queiram dar suporte a empreendedores.
3) Crescimento econômico/PIB: prevê-se que o Produto Interno Bruto brasileiro cresça em torno de 5,5% em 2010, com o Fundo Monetário Internacional recentemente chamando para um aumento. Se isso não soa impressionante comparado com as taxas de crescimento da China, considere que o governo brasileiro recentemente tmou medidas para esfriar a demanda e prevenir a economia de um superaquecimento. Eles parecem estar nessa a longo prazo, trocando crescimento excessivo por um padrão de crescimento plurianual orquestrado. Compare com a Europa Oriental, com insignificantes 0,7% previstos para 2010.
4) Nível de inovação: o livro “Grátis” (Free), de Chris Anderson, contém um capítulo chamado “O mundo grátis: China e Brasil são as fronteiras do gratuito – o que podemos aprender com eles?”. No livro, Chris conta a história de como artistas brasileiros e selos musicais estão virando de cabeça para baixo os modelos de negócio da indústria fonográfica tradicionais ao fornecerem música de graça e fazerem dinheiro com itens relacionados, como concertos, merchandising e outras fontes de receita. Este é apenas um dos exemplos de como o Brasil e outros mercados emergentes estão à frente do pacote quando se trata de inovação. Na publicidade em celulares, transporte urbano, tecnologia verde, biocombustíveis e mídias sociais também tendemos a ver o Brasil e outros mercados emergentes como líderes no cenário mundial.
5) Espaço para crescer: os resultados combinados de anos de protecionismo e um mercado doméstico dimensionável e em rápido crescimento são extremamente “voltados para dentro”, introspectivos. Apenas em torno de 15% de todos os empreendedores em fase inicial tem ao menos alguns clientes fora do Brasil – o que significa que a maioria deles poderia certamente aproveitar uma mão para ajudar a vender fora de casa. Parcerias que possam combinar o empreendedorismo brasileiro com experiência em marketing internacional podem produzir perspectivas interessantes.
6) Destreza tecnológica: já em 2009, o Brasil liderou a lista de usuários do Twitter. Dependendo da fonte, ficam em primeiro ou segundo lugar (atrás dos EUA), mas o que fica claro é que os 71 milhões de brasileiros que usam Internet (aproximadamente 37% da população total) são cada vez mais fluentes em tecnologia. O total de usuários de telefones celulares no Brasil parece que vai ultrapassar 200 milhões em 2014, uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 4,1%. Apenas em fevereiro de 2010, o Brasil teve um aumento de 1.2 milhões de celulares – cerca de 15% da base suíça de usuários.
7) Diversificação de riscos: com problemas econômicos contínuos na União Europeia, uma abordagem de investimentos diversificada, espalhando o risco, não pode mais ser considerada luxo. De acordo com Mohamed El-Erian, CEO da Pacific Investment Management Company (PIMCO), “crescimento e riqueza vão migrar para economias emergentes como Brasil, China e Índia, direcionados por taxa crescente de empregos e renda. A Europa vai lutar enquanto tenta repelir a deflação e as questões se multiplicam sobre o Euro e a ‘maquiagem’ da União Europeia”.
8) Eleições: talvez seja estranho incuir em uma lista para investidores, mas a história econômica do Brasil tem balanços violentos, e a questão de quem está no poder certamente tem relevância para aqueles que procuram investir a longo prazo. A comunidade internacional geralmente concorda que, independente de quem se tornar vencedor nas eleições presidenciais vindouras, a agenda pró-crescimento parece que vai continuar por algum tempo – e a vida vermelha vai ser removida.
9) Espírito empreendedor: de acordo com o site International Entrepreneurship, “o Brasil é líder em empreendedorismo, com um empreendedor em cada oito adultos. Empreendedorismo estrangeiro é um tanto raro no Brasil”. Isso não significa dizer que os empreendedores brasileiros não são abertos; a maioria recebe bem as oportunidades de conversar com empreendedores europeus ou norte-americanos, e trocam ideias ativamente. Enquanto a economia brasileira se incrementa e grande parte da classe media sai da pobreza, o empreendedorismo baseado em oportunidade e o baseado em necessidade estão igualmente crescendo.
10) 2014 e 2016: o Rio de Janeiro sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são um gesto simbólico de que a comunidade internacional está falando cada vez mais seriamente do Brasil como um agente no cenário mundial. Os investimentos impressionantes necessários para sediar ambos eventos, bem como uma série de iniciativas de desenvolvimento dirigidas pelo governo afim de garantir prosperidade econômica continuada para a população também parecem providenciar oportunidades para startups e empreendedores.
Artigo de Ago Cluytens

Fonte: Startupi