Thursday, July 14, 2011

Como Montar uma Empresa com Menos de US$2000

Autor Convidado: Este artigo foi escrito por Gustavo Caetano, CEO e fundador da SambaTech e agora também do MyGeekDay.com,  um site especializado em venda de produtos geeks raros.
gustavocaetano Como Montar uma Empresa com Menos de US$2000
Em janeiro de 2005 comecei uma empresa que na época se chamava Samba Mobile e em 2008, depois de recebermos investimento de fundos de venture capital, nos transformamos na SambaTech, empresa líder na distribuição de vídeos na América Latina.

Lembro-me que quando ainda era estudante e tive a ideia de começar a empresa, o que atrasou o projeto foi a necessidade de capital. Na época, por sorte, consegui 100 mil reais de investimento para iniciar a operação do negócio, mas hoje, depois da experiência de montar uma startup no Brasil e ter ajudado várias outras a nascerem depois disso, percebi que não é preciso tanto dinheiro para montar um negócio de qualidade internacional na internet. Por isso resolvi compartilhar com vocês a experiência que tive com um recente projeto.
Numa certa manhã de Maio conversando com minha mulher tivemos a idéia de montar um site para o público Geek. O site se chamaria MyGeekDay.com e venderia um produto raro por dia. Apenas um.
Fizemos um desenho do modelo de negócios do site e do escopo de como ele funcionaria. No dia seguinte, comprei uma licença do Balsamiq Mockups por US79 e comecei a desenhá-lo, junto com minha esposa. Depois do conceito, modelo de negócios e um protótipo prontos, foi a hora de criar a logomarca. Para isso, postei a idéia no site australiano 99designs.com. Depois de escolher entre mais de 80 logomarcas enviadas por designers do mundo todo, paguei os devidos US299 dólares pelo serviço. Uma maravilha. Registrei o Domínio do site usando o Godaddy.com e não gastei mais do que US10 e alguns minutos.
A hospedagem também é bem em conta, com um pacote mensal de US$10.
Seguindo o molde lean startup, resolvi criar uma landing page, uma página de cadastro de clientes interessados no seu serviço ou produto.
Criei um template da página no unbounce.com com US$ 25 por mês e consegui em algumas semanas mais de 600 cadastros. Ao mesmo tempo também criei uma conta no Facebook e Twitter para divulgação.
O mockup do site foi enviado para uma empresa indiana, chamada Contus.in. Paguei US$ 1500 para que eles fizessem todo o layout do site baseado na logomarca e identidade visual, programação e integrações com magento para a venda dos produtos, além de Facebook e Twitter para cadastro de usuários.
Em pouco mais de um mês consegui colocar o site do ar. Um recorde que só consegui alcançar graças aos mais diversos serviços disponíveis na internet. A experiência de ter colocado um site legal pra rodar em tão pouco tempo mostrou que é possível fazer projetos diferentes na internet sem gastar muito dinheiro! E você está esperando o que para tirar sua ideia do papel?
Fonte: RWWBrasil

Monday, May 30, 2011

Brasileiro de 71 anos cria rede social para empresas

Mark Zuckerberg criou o Facebook com 19 anos. Reid Hoffman tinha 35 anos quando ajudou a fundar o LinkedIn. Mas o brasileiro Pierre Grossmann prova que se aventurar no mercado de redes sociais não é exclusividade dos jovens.

Aos 71 anos, ele acaba de inaugurar a Yes, I Can Do B2B, ferramenta online para a interação de empresas que desejam fechar negócios.

Com seu smartphone a postos rodando o sistema operacional Android, do Google, e um iPad, da Apple, à sua frente, Grossmann não se intimida pela concorrência no setor, que tem crescido exponencialmente.

"Essa ferramenta vai muito além do Google e faz o que nenhuma outra rede social faz. Ela pode conectar um chinês a um brasileiro e fazê-los fecharem negócios", disse à Reuters.

A Yes, I Can Do B2B é um ambiente online que proporciona o encontro entre empresas, indústrias e prestadoras de serviços, que vão desde os setores financeiro e de commodities até os de mineração, telecomunicações e aeronáutica.

Cruzando as informações de oferta e procura de cada cadastrado, a rede faz sugestões de possíveis parceiros de negócio.

O site disponibiliza um banco de dados de 500 mil nomenclaturas de produtos e serviços, seguindo normas técnicas internacionais. A empresa encontra na biblioteca os produtos que oferece e os que procura, e pode registrar no site seu catálogo, dando a ele maior visibilidade.

"Percebi que 99 por cento dos empresários tinha dificuldade de fazer pesquisas por desconhecer o nome oficial de seus produtos", afirmou Grossmann, que também fundou uma empresa de banco de dados sobre normas técnicas pioneira no uso da Internet no Brasil na década dos anos 1990, a EasyNet.

Ele nunca parou de usar a Web e hoje se comunica com os netos pelo Twitter, além de ter uma conta no Skype.

Pesquisa refinada

A Yes, I Can Do B2B (www.yesicandob2b.com) disponibiliza uma lista de produtos e serviços existentes divididos por áreas. O usuário vai refinando a pesquisa até encontrar o produto oferecido ou buscado com sua tradução em inglês.

Em 2006, Grossmann já havia criado um site que permitia a empresas encontrar o termo exato para descrever seus produtos. Porém, percebeu que não estava oferecendo de fato o que seus clientes precisavam.

"Me dei conta de que, no fim do dia, o que o empresário quer é vender", afirmou. "Existem mais de 5 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil, e o que elas querem é encontrar clientes."

Assim, Grossmann lançou na semana passada a rede social, pela qual será possível fechar negócios em tempo real por meio de um chat e da ferramenta de pagamentos online PayPal.

Apesar de ter lançado a rede em português e inglês há pouco tempo, o site já está sendo traduzido para versões em espanhol, italiano e chinês simplificado, entre outros idiomas.

Grossmann não soube precisar o valor aportado na rede social. Segundo ele, a Yes, I Can Do B2B é resultado de investimentos feitos ao longo dos últimos anos em seus negócios relacionados, exigindo cerca de 20 mil dólares mensais.

A inscrição na rede social é gratuita. Para que a empresa cadastre seu catálogo de produtos, o que efetivamente permitirá o fechamento de negócios pelo site, será cobrada uma anuidade de 200 dólares. Outra fonte de receita da Yes, I Can Do B2B deverá ser a publicidade.

Fonte: EXAME.com

Saturday, May 28, 2011

Algoritmos genéticos: As invenções que evoluem

Invenções evolutivas marcam nova era na história da invenção
O Dr. Hod Lipson é conhecido por suas pesquisas com robôs cientistas.[Imagem: Lipson Lab]

Com informações da New Scientist - 26/05/2011
Algoritmos genéticos
Um algoritmo é uma sequência bem definida de passos para resolver um problema.
O melhor exemplo de uso dos algoritmos é na construção de programas de computador, que seguem passos precisos para resolver problemas de forma muito rápida.
O inconveniente é que, para construir o algoritmo e o programa, o humano por detrás do teclado deve saber muito bem como resolver o problema.
Mas não precisa ser sempre assim. Há uma solução, por assim dizer, mais produtiva: o uso de algoritmos genéticos.
Em vez de tomarem decisões lógicas simples e previsíveis, como os algoritmos normais, um algoritmo genético é construído de forma a gerar mutações, criando novas gerações de passos, cada uma eventualmente mais próxima da solução do problema.
Nova era na história da invenção
Os cientistas acreditam que os algoritmos genéticos estão nos colocando no limiar de uma nova era na história da invenção, das inovações e da pesquisa científica.
Isto porque os programas de computador passam a poder "evoluir" automaticamente, criando projetos que, muitas vezes, nenhum ser humano poderia idealizar.
Essa nova forma de inventar já está transformando áreas tão diversas como a locomoção de robôs, a criação de novos componentes eletroeletrônicos e até o projeto de motores diesel menos poluentes.
Os algoritmos genéticos imitam a seleção natural, descrevendo um projeto como se ele fosse um genoma construído de segmentos.
Cada segmento descreve um parâmetro da invenção, da forma do objeto, por exemplo, até aspectos muito mais detalhados, como a resistência elétrica ou as afinidades químicas do material.
Alterando aleatoriamente alguns segmentos - criando versões mutantes deles - o algoritmo melhora o projeto.
Os melhores resultados obtidos em cada rodada - em cada geração - são então reunidos, e tudo recomeça rumo a uma nova geração, para melhorar ainda mais as coisas.

Invenções evolutivas marcam nova era na história da invenção
O Dr. John Koza usou algoritmos genéticos para projetar antenas de alto desempenho, que dificilmente um ser humano idealizaria. [Imagem: Jason Lohn/NASA Ames]

Inovações que evoluem
Até recentemente, um computador de mesa médio não tinha o poder de processamento para triturar os dados através de milhões de gerações e descartar os mutantes indesejáveis.
Isso agora mudou, permitindo que os algoritmos genéticos passem a ter um efeito mais prático, mais imediato, mas também mais profundo, na pesquisa e no desenvolvimento.
É o que defende John Koza, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, um dos pioneiros no uso dos algoritmos genéticos no desenvolvimento de projetos de engenharia.
Ele desenhou uma nova "raça" de antenas de rádio super eficientes dessa maneira.
O que é realmente interessante, segundo o pesquisador, é que nem sempre é claro por que a invenção evoluída funciona: nenhum ser humano poderia, de forma razoável, criar tais antenas, com suas formas estranhas.
E, para quem quer reaproveitar o conhecimento já existente, o programa pode ser posto para gerar uma nova concepção a partir de inventos humanos, como os registrados em patentes.
Invenção evolutiva
A invenção evolutiva parece estar pegando em todas as áreas do conhecimento. As empresas de medicamentos estão se tornando suas grandes usuárias, por exemplo, evoluindo novos mecanismos moleculares que atingem determinados receptores, em que nenhum ser humano teria pensado.
"A maioria das invenções evoluídas não é necessariamente dramática - mas elas estão produzindo um fluxo constante de melhorias," afirma Hod Lipson, um roboticista da Universidade Carnegie Mellon. "O importante é que elas estão tendo um efeito cumulativo profundo na aceleração da inovação".
Mas não espere ouvir falar muito sobre os algoritmos genéticos e seus efeitos sobre as futuras inovações.
Segundo Lipson, a maioria dos pesquisadores vai preferir ficar com o crédito sobre suas invenções maravilhosas, deixando implícito que elas evoluíram em seus próprios cérebros.

Fonte: Inovação Tecnológica

Friday, May 13, 2011

Bilionário dos supermercados no Maranhão prepara invasão nacional

lgo que chama a atenção nas ruas de São Luís (MA), além dos muitos buracos, é a quantidade de carros novos. Várias concessionárias abriram as portas na cidade recentemente, para atender a uma população que comemora um expressivo aumento de renda. Uma exceção é o empresário Ilson Mateus, 48. O maior varejista do Maranhão, com 22 supermercados, 10 mil funcionários e faturamento anual de R$ 2,3 bilhões dirige um Gol branco 1.0 sem ar-condicionado e com quatro anos de uso. Mas seu negócio vai pegar a estrada – o Grupo Mateus, que passa por auditoria para receber investimento de fundos de capital, vai inaugurar filiais este ano no Pará e no Tocantins.
Foto: iGAmpliar
Crescimento apoiado no consumo da classe C: “Nosso plano vai além de Norte e Nordeste”
Ilson chegou morar na rua quando criança, depois engraxou sapatos e trabalhou como garimpeiro em Serra Pelada, mas foi salvo da miséria por um agudíssimo instinto de comerciante. Tinha apenas 19 anos quando colocou 70 caixas de refrigerante numa Chevrolet A10 e saiu à caça de mercadinhos do sul do Maranhão. Em menos de um ano, juntou dinheiro para comprar a segunda caminhonete. “Sempre investi tudo que ganhei no próprio negócio”, conta – o que ajuda a explicar o fato de não dirigir um carrão hoje. Numa época (ainda mais) difícil de virar empreendedor no Brasil, em 1986, Ilson inaugurou a mercearia de 50m2 que daria origem ao Grupo Mateus.
O faro de varejista fez o empresário passar ileso por planos econômicos que levaram muita gente a perder dinheiro – na verdade, os lucros dele cresceram nessas épocas. “Quando a inflação era aquela loucura, eu vendia 100 latas de óleo de manhã e fechava o mercado, para poder comprar 110 latas à tarde”, conta. “Também pagava mercadoria com cheque sem fundo no Alto Parnaíba, onde iam demorar 40 dias para descontar e dava tempo de vender as coisas.” Nem o Plano Collor foi problema. “O povo sentiu que ia ter algum congelamento e colocou tudo na poupança, porque não acreditava que mexeriam nela. Eu comprei tudo em mercadoria”.
Por fim, Ilson construiu um império. O Mateus tem 52% do mercado maranhense e é um dos maiores grupos de varejo e distribuição do Norte e do Nordeste brasileiro. Em São Luís, tem três vezes mais lojas que Carrefour e Wal-Mart somados. (O primeiro, com a bandeira Atacadão, possui só uma filial na capital maranhense; o segundo tem seis, com a rede Bom Preço.) “A gente consegue sentir a temperatura dos bairros mais promissores antes, por causa de nossa distribuidora”, explica Mateus. “Assim, dominamos as regiões primeiro e não deixamos eles avançarem.”
Após inaugurar cinco lojas no ano passado – três delas no mesmo dia, para causar impacto –, o empresário anuncia ao iG que vai abrir mais seis em 2011 e outras 12 no ano que vem. E, depois de 25 anos no ramo, o grupo sairá do Maranhão. Em Palmas, capital do Tocantins, Ilson já adquiriu dois terrenos e deve começar a construir em breve. No Pará, ele vai atacar uma área praticamente virgem de concorrentes, no sul do estado. E não deve parar nisso. “Nosso plano vai além de Norte e Nordeste”, adianta.
Dinheiro para isso não deve faltar. Primeiro, a empresa está capitalizada – as vendas cresceram 56% em 2010, 44% em 2009 e 26% em 2008. Além disso, ela está na mira de fundos de investimento, interessados em adquirir 15% do negócio, avaliado no total em cerca de R$ 1,6 bilhão. Normalmente, isso permite pagar parte do endividamento bancário de uma companhia, o que exclui os juros do balanço mensal. O Grupo Mateus passa agora por auditoria da Ernst&YoungTerco para viabilizar o aporte.
Para os especialistas, a aposta de Ilson parece correta. “O consumo dos segmentos emergentes vem se mostrando o que mais tem dado retorno, enquanto os segmentos luxo e médio já mostram certa saturação”, explica Marcos Gouvêa, sócio da GS&MD, uma consultoria especializada em varejo. “Isso deve continuar e ser a tendência mais marcante dessa década”, afirma. Segundo pesquisa divulgada essa semana pela Associação Paulista de Supermercados, as classes D e E consumiram 16% a mais em 2010, com relação ao ano anterior – nas classes C e A/B, o aumento foi de 13%.
Enquanto sua rede atinge cifras dignas de multinacional, Ilson segue andando de carro popular e morando em um apartamento alugado por R$ 1.400 na capital maranhense. “Rapaz, esse carro resolve a minha vida, então não penso em comprar outro, não”, informa. “Quando a gente sabe o que é passar necessidade, dá valor a cada centavo”. Perguntado sobre luxos com os quais aceita gastar, ele diz apenas que gosta de pescar. “Às vezes vou a uma fazenda de um amigo, no rio Xingu, onde dá tucunaré de dez quilos”. Mais do que sovinice, parece ser estratégia de negócios. “Não tenho um dólar no exterior, não tenho fazenda, nada – aplico tudo no grupo”.
Fonte: IG

Tuesday, May 3, 2011

Pesquisadores demonstram mais de 100 Tbps via fibra óptica

Em outubro do ano passado, pesquisadores afirmaram que esperavam terem pronto para 2015 Ethernet a 1 Tbps e 100 Tbps em 2020. Entretanto, durante a "Optical Fiber Communications Conference", em Los Angeles, EUA, dois grupos em separado conseguiram marcar um recorde, enviando informações na taxa de 100 terabits por segundo (Tbps), através de um único cabo de fibra óptica.

Isso é o equivalente a transmitir três meses de vídeo em alta definição, ou o conteúdo de 250 discos Blu-ray de dupla camada, em um segundo. Não é por menos que Ting Wang, do NEC Laboratories em Princeton, New Jersey, EUA, chamou o fato de "um marco fundamental na capacidade da fibra", segundo a New Scientist.

O NEC Laboratories America chegou a 101,7 Tbps através de fibra monomodo (single-mode), usando um atenuador de ruídos. A equipe enviou 370 comprimentos de onda, cada um com taxas de dados de 294 Gbps, por 165 km de fibra monomodo padrão, alegando que atingiram a eficiência espectral de 11 bits/s/Hz, o maior relatado até agora para transmissão de multiplexação por divisão de comprimento de onda.

Uma equipe em separado, da Sumitomo Electric Industries no Japão, demonstrou 109 Tbps usando sinais multiplexados por divisão espacial, através de fibra de 7 núcleos. O grupo de Sumitomo enviou 97 cores através de cada núcleo a uma taxa de 172 Gbps (dois sinais QPSK de 86 Gbps), através de 16,8 km de fibra.

Um dos maiores problemas da tecnologia ainda é o custo. Fibras multinucleares são complexas de se produzir, bem como a amplificação de sinais para transmissões a longa distância em qualquer técnica. Tendo isso em vista, poucas empresas de tecnologia desembolsam o "tutú" necessário para chegarem a 100 Tbps.

Fonte: Guia do Hardware

Wednesday, April 20, 2011

Cientistas teletransportam gato de Schrodinger

O experimento envolve algumas das questóes mais intrigantes da física atual: a luz é uma onda, uma partícula, as duas coisas, ou nenhuma das duas coisas? [Imagem: Science/AAAS]
Se o experimento mental dogato de Schrodinger já não fosse estranho o suficiente, agora cientistas conseguiram complicar tudo um pouco mais.
A equipe do Dr. Noriyuki Lee e seus colegas da Universidade de Tóquio, no Japão, descobriram uma forma de teletransportar o gato de Schrodinger.
Teletransporte
teletransporte quântico já foi demonstrado com átomos e até mesmo com moléculas de DNA.
No teletransporte quântico, a informação (como o spin de uma partícula ou a polarização de um fóton) é transferida de um local para o outro, sem que ocorra o deslocamento por um meio físico.
Não há transferência de energia nem de matéria.
Gato de Schrodinger
Já o famoso gato morto/vivo foi idealizado por Erwin Schrodinger para explicar o fenômeno quântico da superposição, em que uma partícula fica em dois estados simultaneamente, somente se decidindo entre um deles - ou colapsando, como dizem os físicos - quando se tenta medir esse estado.
Schrodinger explicou isto em termos de objetos em escala macro: um gato fechado em uma caixa contendo um frasco de veneno. O frasco estará aberto se uma partícula quântica estiver em um estado, e fechado se a partícula estiver em outro estado.
Em termos quânticos, o gato estará vivo e morto simultaneamente. Somente quando alguém abrir a caixa - o equivalente a medir o estado quântico da partícula - a partícula colapsará e conheceremos o real estado do gato - vivo ou morto.
Teletransporte do gato de Schrodinger
Depois de ser teletransportado, gato de Schrodinger chega do outro lado no seu paradoxal estado de vivo/morto. [Imagem: Science/AAAS]
Teletransporte do gato de Schrodinger
Os pesquisadores descobriram uma forma de teletransportar um quanta de luz, ou um fóton, que está em um estado de superposição, ou seja, no chamado estado do gato de Schrodinger.
A partícula quântica superposta é destruída em um local e integralmente reconstruída em outro local, sem perder nenhuma de suas sensíveis propriedades quânticas - ou seja, o gato de Schrodinger chega do outro lado no seu paradoxal estado de vivo/morto.
Os pesquisadores começaram construindo um estado de entrelaçamento, no qual duas partículas compartilham propriedades qualquer que seja a distância entre elas.
Em outro ponto, eles construíram o gato de Schrodinger, a partícula em superposição, que deveria ser teletransportada.
O funcionamento do sistema de teletransporte propriamente dito dificilmente poderia ser descrito em linguagem não-matemática - veja na imagem o aparato necessário para executá-lo.
O processo envolve uma sequência de passos que combinam múltiplos fenômenos quânticos, incluindo compressão e subtração de fótons, entrelaçamento e detecção homódina.
Teletransporte do gato de Schrodinger
O estado do gato de Schrodinger deve ser destruído em um lugar para que ele reapareça em outro - não foi uma clonagem, mas um teletransporte real. [Imagem: Science/AAAS]
Limite da não-clonagem
Apesar da complexidade do processo e da fragilidade dos estados quânticos envolvidos, os cientistas conseguiram comprovar o teletransporte usando uma ferramenta matemática conhecida como Função de Wigner, que descreve o quão "quântico" um pulso de luz é.
Essa função apresenta valores negativos que funcionam como uma medição da qualidade do teletransporte. Esta qualidade é medida por um número, chamado fidelidade, que deve ser maior do que 2/3 em uma operação de teletransporte feita com sucesso.
Esse valor de 2/3 é o chamado limite da não-clonagem, que garante que não existe mais nenhuma cópia da partícula quântica na origem - o estado do gato de Schrodinger deve ser destruído em um lugar para que ele reapareça em outro.
Ou seja, a partícula superposta de fato foi destruída em um ponto e recriada exatamente igual em outro - ela foi realmente teletransportada.
Transferência instantânea de informação
O experimento demonstra um mecanismo que poderá ser usado para projetarcomputadores quânticos que serão capazes de transportar informações com precisão e com absoluta segurança - e instantaneamente.
Em vez de disparar os bits através de fibras ópticas, onde há sempre o risco de que eles sejam monitorados por bisbilhoteiros, esses bits poderão ser teletransportados diretamente para o destino.
O mecanismo também é de interesse para o processamento quântico - basta imaginar algo como um dado que sai de um núcleo de processamento diretamente para outro núcleo, ou o resultado de um cálculo que chega instantaneamente no ponto do circuito onde ele está sendo esperado para o próximo passo do algoritmo.
Teletransporte do gato de Schrodinger
A "sala de teletransporte" usada pelos cientistas japoneses não lembra em nada os aparatos vistos em filmes de ficção científica - e ela só funciona em escala quântica. [Imagem: Science/AAAS]
Luz sobre a luz
Do ponto de vista científico, o experimento demonstra o avanço obtido na manipulação dos objetos quânticos, há poucos anos vistos como meras abstrações.
E renova as esperanças de que os cientistas logo encontrem uma forma de representar graficamente os estados quânticos das partículas, para que tais estados possam ser visualizados diretamente.
Talvez então se conseguirá lançar alguma luz sobre o mistério da própria luz: a luz é uma onda, uma partícula, as duas coisas, ou nenhuma das duas coisas?
Bibliografia:


Teleportation of Nonclassical Wave Packets of Light

Noriyuki Lee, Hugo Benichi, Yuishi Takeno, Shuntaro Takeda, James Webb, Elanor Huntington, Akira Furusawa
Science
15 April 2011
Vol.: 332 no. 6027 pp. 330-333
DOI: 10.1126/science.1201034


Make It Quantum and Continuous

Philippe Grangier
Science
15 April 2011
Vol.: 332 no. 6027 pp. 313-314
DOI: 10.1126/science.1204814


Fonte: Inovação Tecnológica

Revoluções e as mídias sociais

Mensagens de texto e o Facebook afetam ou não a política - e os levantes - de um país? Clay Shirky e Malcolm Gladwell protagonizaram mais um capítulo da discussão
RENAN DISSENHA FAGUNDES
Wael Ghonim é executivo do Google e foi um dos organizadores do movimento de 25 de janeiro, no Egito, início das manifestações que levaram a queda do ditador Hosni Mubarak. O Facebook foi uma peça fundamental na comunicação e organização dos protestos, tanto que Ghonim, depois que Mubarak não estava mais no poder, afirmou à CNN que gostaria de conhecer Mark Zuckerberg, fundador da rede social, para agradecê-lo. Pouco antes, na revolução que derrubou o governo da Tunísia, a internet também tivera um papel organizador importante. E é possível voltar ainda mais: mensagens de texto foram importantes para a organização, em 2001, de um protesto nas Filipinas que garantiu a saída do presidente Joseph Estrada do poder e, em 2004, de um protesto na Espanha que mudou o curso da eleição para primeiro-ministro no país.

Mídias sociais - mensagens de textos, o Twitter, o Facebook, fóruns online - mudam alguma coisa na forma de organizar protestos? A tecnologia é importante para derrubar governos? Embora já tenha mais de uma década, essa discussão ganhou espaço principalmente depois das manifestações - sem sucesso - no Irã, em junho 2009, e agora com os recentes protestos na África. Céticos e entusiastas discordam das mais diversas maneiras. A discussão mais recente ocorreu entre Clay Shirky e Malcolm Gladwell, nas páginas da última edição da Foreign Affairs, revista sobre política externa publicada bimestralmente desde 1922 pelo Council on Foreign Relations, organização sem fins lucrativos americana baseada em Nova York.

Shirky, professor de novas mídias na Universidade de Nova York, é o entusiasta. No livro Here Comes Everybody, publicado em 2008, Shirky defende que ferramentas da web, como o Wordpress, o Twitter ou a Wikipedia, alteram a forma como grupos podem se organizar e se comunicar. A Foreign Affairs publicou na edição de janeiro/fevereiro um texto de Shirky entitulado The Political Power of Social Media (O poder político da mídia social), em que o autor fala sobre como a política externa do governo americano para liberdade na internet está indo por um caminho errado: o desenvolvimento de ferramentas para impedir a censura de sites como o Google e o New York Times (para aumentar o acesso à informação) ao invés de defender mídias usadas pelos cidadãos para se comunicar uns com os outros.

O argumento de Shirky é que ferramentas e mídias sociais tiveram um papel importante na organização tanto dos protestos que tiveram resultados - como na Espanha ou no Egito - quanto naqueles em que o governo saiu vitorioso - o Irã em 2009, mas também na Bielo-Rússia em 2006 e na Tailândia em 2010. "Assim como Lutero adotou a recém-inventada imprensa para protestar contra a Igreja Católica, e os revolucionários americanos sincronizaram suas crenças usando o serviço postal criado por Benjamin Franklin, os movimentos dissidentes de hoje vão usar qualquer forma possível para coordenar suas ações", escreveu.

Shirky, por outro lado, apesar de seu entusiasmo, deixa claro que não acredita que a tecnologia derruba governos - nem agora, e nem no passado -, mas que ferramentas de comunicação têm um papel de apoio: ajudam as pessoas a se organizarem quando o Estado está enfraquecido. Shirky também acredita que a habilidade pessoas se comunicarem entre elas é mais importante do que o acesso à informações divulgadas por meios de comunicação de massa. Celulares e redes sociais como o Twitter e o Facebook são assim mais importantes para revoluções do que acesso à mídia tradicional ou ao YouTube.

De acordo com Shirky há dois argumentos básicos de crítica contra a ideia de que as mídias sociais fazem alguma diferença na política de um país: que as ferramentas não fazem diferença, e que elas produzem mais danos do que coisas boas, pois são usadas também pelos governos autoritários. Gladwell, cético, defende o primeiro desses argumentos. Em resposta ao texto de Shirky, Gladwell escreveu na Foreign Affairs que "para que uma inovação faça diferença, ela precisa resolver um problema que em primeiro lugar era de fato um problema". "Que evidências existem de que as revoluções sociais na era pré-internet sofreram com a falta de ferramentas organizacionais e de comunicações de ponta?", escreveu.

Gladwell afirma que o argumento de Shirky só seria persuasivo se ele pudesse convencer os leitores de que os levantes que usaram mídias sociais não poderiam ocorrer sem essas ferramentas. Shirky respondeu na mesma edição da Foreign Affairs: "As mídias sociais permitem que insurgentes tenham novas estratégias? E essas estratégias já foram cruciais? Aqui, a história da última década é inequívoca: sim, e sim", escreveu. "Como Gladwell notou anteriormente, essas mudanças não permitem que grupos não comprometidos consigam uma ação política efetiva. Mas permitem que grupos empenhados joguem com novas regras."

Uma das principais críticas de Gladwell é que a internet gera o que ficou conhecido no Brasil como "ativismo de sofá": a ideia de que é possível conseguir a mudança social apenas pela internet. Em outubro de 2010, o jornalista publicou naNew Yorker, revista da qual é repórter desde 1996, um artigo chamado Small Change, em que defende que as "ligações fracas" formadas entre usuários das mídias sociais não substituem as "ligações fortes" da vida real. Gladwell parece não querer levar em conta o uso dessas mídias pelas redes de pessoas do mundo real. O subtítulo do artigo na New Yorker é "a revolução não vai ser tuitada", referência a famosa frase "a revolução não vai ser televisionada", de Gil Scott-Heron. Mas, ao contrário da TV, a principal ação da internet não é distribuir informação: é permitir novas formas de comunicação entre as pessoas.

Tuesday, April 19, 2011

Entrevista com Andrew Mason – fundador do Groupon

Você pode até não conhecê-lo ainda, mas vai ouvir falar dele e de sua empresa cada vez mais daqui para frente. Em tempo recorde, Andrew Mason ergue um negócio bilionário.Fundado em novembro de 2008, o Groupon, site que iniciou a febre mundial das compras coletivas, é a empresa de crescimento mais rápido da história – à frente de Google, Amazon e Facebook. Já em valor de mercado, a única empresa a superar a marca de US$ 1 bilhão mais rápido que o Groupon foi o YouTube, que desde 2006 pertence ao Google, mas a despeito do grande número de usuários ainda não dá lucro. Diferente de muitas companhias surgidas na internet nos últimos anos, como o Twitter e o próprio YouTube, o Groupon possui um modelo de negócios claro e eficiente.
Mason que se descreve como um “típico geek recluso” cresceu no subúrbio de Pittsburgh, perto de Chicago. Aos 6 anos, ele começou aulas de piano e até os 20 poucos queria seguir a carreira musical. Programador autodidata, ele lançou em novembro de 2007 um site chamado The Point que era para fazer petições online e angariar apoio para todos os tipos de causas. O site fez algum barulho, mas não era rentável. Foi quando ele começou a madurar a ideia do Groupon. Em entrevista exclusiva, Mason, de 29 anos, fala sobre o sucesso inesperado, os planos para o Brasil e a importância de manter as coisas simples nos negócios.
Qual a sua opinião sobre os mais de mil sites no mundo que copiaram o modelo que você criou?
MASON – Não tenho nada contra os nossos clones no geral. Em muitos países, eles estão contribuindo para divulgar nosso modelo. As pessoas à frente de alguns deles são empreendedores apaixonados. E eles podem virem a se tornar nossos parceiros. Estamos nos espalhando pelo mundo rapidamente e em alguns países comprar um site já estabelecido pode ser o melhor caminho. Fizemos isso na Europa, no Japão, no Chile e na Rússia, por exemplo.

Mas não no Brasil. Por que?
MASON – Não acreditávamos que havia um líder estabelecido no seu País. E acho que estávamos certos. Em poucos meses já temos mais de 600 mil usuários cadastrados no Brasil.

Como o Groupon espera se consolidar como líder global de compras coletivas?
MASON – O mais importante é focar em acordos de grande qualidade e estabelecer boas parcerias com os melhores negócios em cada país e cidade. É isso que vai determinar nosso sucesso. É importante também tentar entender por que há tantos clones. Primeiro, não há uma grande diferenciação entre o que oferecemos e nossos concorrentes. Mas outro aspecto é que ao oferecermos apenas uma oferta por dia não damos conta de atender todos os negócios interessados. Estamos nos tornando uma marca global e as melhores marcas vão continuar querendo trabalhar conosco.

Quais os seus planos específicos para o Brasil?
MASON – Crescer o Groupon para mais cidades e regiões. Há muitas grandes áreas urbanas no Brasil. Continuar inovando é uma obsessão para nós. E vamos oferecer promoções personalizadas de acordo com o perfil de cada usuário. É algo que já começamos nos Estados Unidos. O seu País já é hoje um dos nossos cinco principais mercados, mas caminha para em breve ser o segundo maior. O usuário brasileiro é muito social e a velocidade com que estamos crescendo no Brasil é maior que em qualquer outro país no mundo.

O número de sites de compras coletivas no Brasil se aproxima de 40 e ao menos dois são fortes concorrentes ao Clube Urbano. Qual o seu recado para eles?
MASON – Diga a eles que não nos contentaremos em ser o número 2. Não posso revelar valores, mas estamos investindo de forma agressiva no Brasil. No final de outubro irei conhecer ao seu Pais ajudar nossa equipe local.

Qual o papel do Groupon na evolução do comércio eletrônico?
MASON – Somos a empresa que finalmente abriu as portas do e-commerce para milhares de pequenos negócios locais. E estamos apenas no começo. Acreditamos que temos o potencial de mudar a maneira como as pessoas se relacionam e compram em negócios locais assim como a Amazon mudou a maneira como as pessoas compras produtos e bens duráveis. Acho que estamos no caminho.

Mas como nasceu a ideia do Groupon? 
MASON – Meu objetivo era oferecer uma maneira das pessoas – eu inclusive – descobrir lugares bacanas para ir na sua cidade. Sou um típico geek recluso que fica na frente do computador todo o tempo. E toda festa de final de ano, eu pensava sobre as coisas que não havia feito naquele ano, as experiências que não tinha tido. Seja pelo alto preço ou por não ter certeza se seria legal. O Groupon é um incentivo para levantarmos do sofá e experimentarmos algo excitante em nossas cidades e com as pessoas que gostamos. Mas a grande surpresa para mim foi o imenso apetite dos pequenos negócios por novos consumidores. E isso foi essencial para o nosso sucesso. Atendemos aos anseios dos consumidores, mas também dos estabelecimentos. 97% das empresas querem fazer novas ofertas conosco.

O Groupon está avaliado em mais de US$ 1 bilhão, onde vocês podem chegar?
MASON – Nos Estados Unidos, 80% do dinheiro gasto pelas pessoas é na sua vizinhança. Portanto, é uma grande oportunidade. E estamos focados em melhorar nossa plataforma para aproveitar esse que considero um dos maiores negócios ainda em desenvolvimento no mundo. O mercado de compras coletivas será ainda maior do que podemos imaginar. Nunca houve nada, seja rádio, televisão, jornais ou o Google, tão eficiente em atrair novos consumidores como nós. Somos a melhor forma de propaganda para um negócio local até hoje.

Mas como continuar relevante no futuro?
MASON – O próximo passo para nós é tornar a experiência mais relevante e recompensadora. Durante os últimos meses desenvolvemos um algoritmo capaz de oferecer promoções personalizadas. Mas não podemos perder a capacidade de surpreender os usuários. Esse é um grande desafio.

E qual o maior fraqueza do Groupon?
MASON – Acredito que é a incapacidade de oferecer mais de uma promoção por dia. E a demanda dos negócios locais é muito grande. Temos mais de 40 mil estabelecimentos na fila. Esperando para anunciar seus produtos e serviços. As ofertas personalizadas vão permitir oferecermos um número maior de promoções diferentes em um mesmo dia, em uma mesma cidade. Outro caminho está na divisão de grandes cidades, com diferentes ofertas para cada região.

Houve dificuldade em obter investimentos no começo do site?
MASON – Conseguir investidores interessados em participar do nosso projeto nunca foi um obstáculo. O maior desafio no começo foi provar que o nosso negócio era bom e funcionava. Encontrar parceiros dispostos a experimentar algo inovador nem sempre fácil. Mas em algumas semanas o negócio decolou.

Você tem planos de abrir o capital do Groupon?
MASON – Não temos planos de entrar na bolsa. Eu nunca me considerei um empresário antes do Groupon. Eu gosto de construir coisas e meu objetivo agora é apenas melhorar o serviço.

Qual a lição mais importante que você aprendeu com o Groupon?
MASON – Mantenha as coisas simples. Antes do Groupon tinha uma outra empresa de internet chamada The Point uma plataforma online para fazer petições e angariar apoio para todos os tipos de causas. Ela era complicada e as pessoas não a usavam ou entendiam bem. Encontrar a essência do seu negócio e garantir que qualquer um possa entende-lo em poucos segundos. Foi isso que busquei fazer com o Groupon. E acredito que se conseguir fazer isso às chances de sucesso serão muito maiores.

Por: Isto é Dinheiro

Wednesday, April 13, 2011

Tecnologia digital e redes sociais ajudam a difundir o 'crowdfunding' no Brasil

No Brasil, o "crowdfunding" - o financiamento coletivo que viabiliza shows, filmes, projetos jornalísticos e culturais - começa a ganhar força e espaço. Tudo potencializado pela força das mídias digitais e das redes sociais. O modelo de negócios tem atraído a atenção de grandes empresas.


Fonte: Mundo S/A

Entrevista: Suhas Gopinath sobre empreendedorismo jovem

Aos 17 anos, Suhas Gopinath foi reconhecido como “World’s  Youngest  CEO” por veículos como BBC e Washington Times. Ao longo de sua carreira (ainda muito promissora) já foi reconhecido por várias escolas de negócios e empreendedorismo na Índia e no resto do mundo.
Suhas é indiano e mora em Bangalore. Atua como CEO e Presidente da Globals Inc., empresa que ele fundou aos 14 anos e que rapidamente cresceu internacionalmente e está presente em 11 países.
Algumas outras honras que ele recebeu:
  • 2007 – “Young Achiever Award” pelo Parlamento Europeu.
  • 2008/2009 – um dos “Young  Global Leaders” pelo Fórum Econômico Mundial.
  • 2009 – faz parte do conselho de TIC do Banco Mundial
Suhas, empreendedor desde os 14 anos
Suhas empreendedor desde os 14 anos
1- Como você começou sua carreira como empreendedor?
Apesar de alguns contra-pesos, como ninguém da minha família ser envolvido em negócios e querer ser um veterinário quando estava na escola, acabei conhecendo a internet através do meu irmão mais velho num cyber café. Fiquei completamente fascinado pelo mundo da internet, mas eu tinha um problema, pois por volta de 1999-2000 uma hora de internet num cyber café custava 10 rúpias e minha mesada era de 25 rúpias.
Como o cyber café ficava fechado todos os dias entre 13 e 16h para almoço, enxerguei uma oportunidade e fiz um acordo com o dono da loja: eu cuidaria da loja durante essas horas para que seu faturamento aumentasse, mas em contrapartida não pagaria pelo uso da internet. Assim, passei grande parte das minhas horas aprendendo como construir websites e, depois de alguns meses, comecei a construir meu próprio portal, mirando oferecer suas habilidades de desenvolvimento web como um freelancer para pequenas e médias empresas dos EUA.
Foi muito difícil convencer empresas a comprarem meus serviços, já que todas queriam saber minhas qualificações acadêmicas e ficavam inseguras quando viam que era um garoto do colegial que queria ser seu freelancer para desenvolvimento web; foi aí quando meu espírito empreendedor deu uma guinada e decidi um dia abrir uma empresa que não recrutaria olhando para a parte acadêmica do candidato.
Quando uma empresa nos EUA me ofereceu uma bolsa de estudos para estudar lá e trabalhar para eles nos finais de semana, eu não aceitei. Sempre quis ser um empreendedor e foi quando, aos 14 anos, em 2000, abri a minha empresa.
2- Quais foram os desafios que você enfrentou como um empreendedor? Como você os superou?
Como falei, ser muito novo não ajudou muito no começo e na verdade até hoje atrapalha às vezes. Na última vez que fui convidado pra falar num seminário, não permitiram minha entrada já que pensaram que eu era um estudante, mas me apresentei pra eles como um dos palestrantes!
As competências são certamente um dos mais fortes critérios de escolha para um novo negócio, mas muitas vezes o que importa é quem é a pessoa que faz acontecer. Às vezes parceiros de negócios sentem-se inseguros vendo minha idade. Quando eu tinha 17 anos, uma das empresas parceiras não me autorizou a asssinar um contrato e exigiu um maior de 18 anos para isso.  Além disso, é bem complicado lidar com agências governamentais na Índia sendo menor de idade e com uma família de classe média não inserida no mundo dos negócios.
3- Que hábitos você ainda mantém dos seus primeiros dias como um empreendedor?
Não gastar muito dinheiro e levar uma vida modesta! Eu ainda uso meu tempo livre como voluntário em organizações que ajudam animais. Na vida profissional, eu tento ao máximo garantir uma grande harmonia com meus colegas, e garantir que sou acessível a todos os funcionários.
4- Qual é a sua mensagem para jovens empreendedores que estão enfrentando dificuldades parecidas com as que você teve?
Eu peço fortemente que jovens optem pelo empreendedorismo, não só como uma forma de liberdade para inovação, como também uma forma de contribuir com o crescimento econômico de sua região e, principalmente, como uma forma de ser socialmente responsável oferecendo empregos a outros jovens.