Thursday, December 30, 2010

Acha seu PC lento? Vem aí o processador de 1.000 núcleos

No fim de 2009, a notícia era uma CPU Intel com 48 núcleos em um único chip. Até que impressionou, mas um novo protótipo faz com que a aventura da Intel seja brincadeira de criança.

Desta vez, pesquisadores da Escócia construíram um processador com mil núcleos - sim, 1.000 - que é 20 vezes mais rápido que os chips atuais, e ainda consome menos energia.

Os pesquisadores acreditam que esta nova tecnologia se tornará mais comum e ajudará a tornar os computadores mais rápidos nos próximos anos.

Para construir o chip, a equipe de pesquisadores usou a tecnologia FPGA, espécie de circuito integrado que, depois de ter sido fabricado, pode ser customizado pelo comprador.

Aproveitando-se da configurabilidade da FPGA, os pesquisadores foram capazes de usar uma boa dose de criatividade em programação para integrar os mil núcleos e dividir o processamento entre todos os mil. E, dada a natureza personalizável do processador de mil núcleos, ele é realmente mais eficiente, em termos de energia, do que as CPU multicore atualmente em uso por aí.

Em novembro, a Intel afirmou que um processador de mil núcleos poderia ser construído, mas os cientistas da Universidade de Glasgow cruzaram primeiro a linha de chegada.

Dado o impacto dessa descoberta, é certo que ela revolucionará o modo como os computadores funcionam. Mal posso esperar para ter o meu, só para simular dinâmica de fluidos em 3D em meu laptop em vez de precisar daquele chato supercomputador da faculdade.

Fonte: IDG Now!

Tuesday, December 28, 2010

Pode haver um Mark Zuckerberg na sua empresa?

Nenhum fenômeno de bilheteria lançado em 2010 conseguiu surpreender tanto quanto “A rede social”. Ancorado na popularidade do Facebook, o filme oferece como maior atrativo contar a história de Mark Zuckerberg – o mais jovem bilionário no ranking da revista Forbes.

Aos 20 e poucos anos, Zuckerberg apresenta, no limite – como mostrado no filme –, as virtudes e os vícios dos jovens inteligentes, impetuosos e ambiciosos da “era digital”.

Uma particularidade dos cerca de 73 milhões de pessoas entre 20 e 30 e poucos anos denominada de Geração Y? Não! A história é pródiga em exemplos de jovens extraordinários e que mudaram o mundo. Talvez o fato novo seja que jovens como o criador da mais popular rede de relacionamento estejam revolucionando o mundo dos negócios. Aliás, estão criando o mundo dos novos negócios e novos mercados.

Um fenômeno da Era Digital? Em grande parte sim. A Era Digital, com suas possibilidades quase ilimitadas, acende a fogueira da curiosidade (e das vaidades, claro) e da tentação de testar limites, algo inerente aos jovens. Uma conseqüência é o pânico dos nascidos na transição analógico-digital (Geração X) e os nascidos na era analógica (baby boomers) em gerenciar o que é ingerenciável (como pais ou como gerentes): paixões! E um mundo de possibilidades nunca antes imaginadas.

Uma característica dessa realidade, ao mesmo tempo instigante e deletéria, é a velocidade, a urgência e ansiedade gerada pela sensação de obsolescência. A inovação de ontem será ultrapassada amanhã. A abundância, e não a escassez de recursos, informações e de possibilidades se torna um problema. E gera culpa, nunca mitigada, numa geração quase sem culpa. Não mais a dicotomia: capitalismo ou socialismo? Só a urgência: ser feliz aqui e agora! (sem as questões filosóficas que “ser feliz” pode suscitar).

Quem, além da geração Y, está mais adaptado a um mundo em que a única certeza é a mudança contínua e vertiginosa?

Quem, senão um Y, exposto a dispositivos digitais desde a infância, pode lidar, com invejável desenvoltura, com as novas tecnologias, incluindo a grande capacidade de navegar e explorar a Internet de forma intuitiva?

O que resta ao menos adaptados, os X, os baby boomers e aos que vieram antes, senão criar as condições para que os da Geração Y façam o que sabem fazer melhor?

Vivendo nas redes sociais, os Y estão mais propensos em confiar naquilo que se espalha no marketing viral do boca a boca do que na publicidade tradicional, e por isso se adaptam facilmente a rotinas de trabalho mais colaborativos e desenvolvidos em equipe. Sim, neles, cooperação e individualismo coexistem. Deles, não espere reuniões monótonas, impositivas e prepare-se para uma apaixonada defesa de pontos de vista e um desconcertante pragmatismo.
Porque tudo lhes parece fácil e simples, e porque estão conectados com muitas pessoas e muitas informações simultaneamente, podem perder o foco e, não obstante a criatividade, podem não transformar as ideias em inovações ou produtos e serviços úteis.

E é aí que pessoas de gerações anteriores podem ser eficazes: como mentores ou coaches dos Y. Mas esqueça os estilos gerenciais que fizeram as gigantes empresas da era industrial o que foram décadas atrás. A autoridade que aceitam é aquela advinda da competência técnica e da reputação de quem pretende comandá-los. E sabem distinguir autoridade de autoritarismo – que rejeitam. Para eles, ordem e progresso não andam juntos. Progresso, sim; ordem, nem tanto.

Quer que um Y seja produtivo? Ele será, se o gerente aprender a negociar o resultado esperado.
A Geração Y gosta de “trocar”: trocar ideias, trocar coisas, trocar resultados e comprometimento por um trabalho com significado, desafio, aprendizagem, liderança inspiradora, ambiente de trabalho agradável e divertido.

A Geração Y gosta de lugares e pessoas divertidas. Aliás, está ensinando às gerações precedentes que o trabalho pode e deve ser divertido. Expressões como IFT (índice de felicidade no trabalho) e FIB (felicidade interna bruta) fazem parte do léxico corporativo.
Mas é esse o habitat de um Mark Zuckerberg? Pode haver um Zuckerberg na sua empresa?

É quase certo que não. Se há outros – e deve haver – ele provavelmente deve estar criando mais uma nova empresa por aí. Está criando um novo mercado (e você ainda vai comprar dele algo que ainda nem sabe que precisa). Ele talvez até já tenha passado por sua empresa e você não reparou. Talvez seja aquele jovem cheio de ideias que ninguém levava muito sério e para quem os gerentes não tinham tempo nem paciência. Ou aquele empregado-problema, rebelde, irritante, insubordinado, que não cumpria horário, estourava prazos, orçamentos, e só fazia perguntas quando você queria respostas.

E quase certo que você quisesse reter um Mark Zuckerberg se ele tivesse as virtudes do gênio que ele é, mas não vícios do homem açoitado por paixões e interesses nem tão virtuosos assim (pelo que se depreende do filme). Mas aí ele não seria a personalidade do ano. Seria?
Na dúvida, melhor dialogar com os Y que habitam sua empresa. Quer saber o que pensam? Pergunte a eles o que querem, pensam e sentem. Exatamente como faz com os seus clientes especiais. Quem sabe você não descobre em um Y de seu time de talentos com potencial de um Mark Zuckerberg?

Fonte: Webinsider

Warren Buffett: o segredo do sucesso do bilionário

Aqui vai uma matéria retirada do site Época Negócios, falando sobre Warren Buffet, um do maiores investidores de todos os tempos e falando sober sua filosofia, não apenas nos negócios, mas em várias áreas de sua vida.

A biografia de um dos homens mais ricos do mundo traz conselhos mesmo para quem não tem como objetivo chegar a acumular US$ 1 milhão

Warren Buffet: segredo do sucesso revelado em biografia
Ele pode não encabeçar mais a lista dos homens mais ricos do mundo, após ter perdido alguns milhões com acrise financeira. Mas isso não quer dizer que obilionário norte-americanoWarren Buffettnão seja um exemplo típico de sucesso a ser seguido. Sua biografia “Bola de Neve”, escrita por Alice Schroeder, virou leitura obrigatória entre o pessoal do mercado financeiro. O curioso é que Buffett usa uma filosofia de vida para cada parte de sua vida.

Segundo o livro, o segredo do sucesso de Buffett poderia ser resumido nos seguinte conselhos: invista seu dinheiro em boas empresas que são bem gerenciadas. Reinvista os lucros em outras boas empresas. Nunca pegue dinheiro emprestado. Faça tudo isso e seu dinheiro ganhará em valor.
Buffet é um homem de hábitos. Ele ainda mora na mesma casa que comprou em 1958, em Omaha, no estado de Nebraska. Todos o

s dias, exatamente às 8h30, senta-se na escrivaninha que pertenceu a seu pai, Howard, para começar o dia. No trabalho, passa o dia negociando e lendo tudo o que acontece no mercado financeiro, incluindo boletins diários do desempenho de suas empresas. Ele volta para casa sempre às 17h30.

“Eu gosto de comer sempre a mesma coisa. Poderia comer sanduíche de presunto por 50 dias seguidos”, diz ele no livro. Pois bem, ele come sua comida em seqüência, um item por vez, e não gosta que os elementos se misturem no prato. Suas comidas favoritas são sorvete de chocolate com pedaços, pipoca, hambúrguer e Cherry Coke.
Buffett, aliás, mantém uma filosofia para cada setor de sua vida, indo de derivativos financeiros até amor, círculo de competência e dieta.
Sucesso
Mesmo para um multibilionário como Buffett, vale dizer que nem tudo se resume a dinheiro. Ao contrário. “Basicamente, quando você chega à minha idade, você acaba medindo seu sucesso pela quantidade de pessoas que você quer que o amem – e que realmente o amam. Se chegar à minha idade e ninguém pensar bem a seu respeito, não importando o tamanho da sua conta bancária, sua vida é um desastre.”

Derivativos financeiros

“Derivativos são como sexo”, ele disse em 1998. “O problema não é com quem você está dormindo, é com quem eles estão dormindo”. Em 2002, ele conseguiu prever que os derivativos destruiriam o sistema financeiro. Até agora, a maior parte das previsões de Buffett tem sido certeira, o que lhe valeu o apelido de Oráculo de Omaha.

“Círculo de Competência”
Warren Buffett acredita em operar dentro de suas próprias limitações no que ele chama de círculo de competência. Ele criou uma linha imaginária e se mantém atualizado e ativo nas áreas que conhece bem. Ele nunca comprou ações de tecnologia, por exemplo, mesmo sendo um dos maiores amigos de Bill Gates. Ele já disse que simplesmente não entende desse negócio.

Pensamento positivo
Mesmo os maiores conquistadores às vezes precisam voltar alguns passos para colocar as coisas no lugar. Sua mensagem para outros que, como ele, já passaram por isso: não permita que seus momentos menos gloriosos ganhem uma proporção maior do que deveriam. “Se você tem que ir do primeiro andar para o 100° de um edifício e aí tem que voltar para o 98° andar, você vai se sentir pior do que se tivesse ido do primeiro para o segundo andar. Mas você tem que combater essa sensação, lembrando que você ainda está no 98° andar”.

Carreira
Encontre alguma coisa pela qual você tenha um sentimento muito forte. Apenas trabalhe com pessoas que você gosta. Se você tem que trabalhar toda manhã com seu estômago revirando é porque você está no negócio errado.

Dieta

Como seria de se esperar, Waren Buffett faz uma espécie de dieta por números. Muitas vezes ele limita sua alimentação a mil calorias ao dia, mas ele cuida desse total como quem cuida de um orçamento. A ideia central é sua estratégia de afastar a dor da dieta com jejum. “Eu acredito que posso comer um milhão de calorias ao ano e manter meu peso. Então eu posso gastar essas calorias como quiser”. Quando seus filhos eram pequenos, ele assinava um cheque de US$ 10 mil pagável numa certa data se nesse dia ele pesasse mais do que o combinado. Para infelicidade deles, nunca viram a cor desse dinheiro. Ele preferia perder peso a perder dinheiro.

Ideias
Momentos mágicos nos quais tudo fica claro não são o único caminho para mudar tudo na vida e ficar rico. Às vezes, diz Buffett, é possível se dar melhor na vida com uma ideia menos impressionante. “Você pode se dar mais mal com uma boa ideia do que com uma má ideia, ensinou o mentor do bilionário, Bem Graham, “porque você se esquece de que a boa idéia tem limites”.

Cuide de você mesmo
Buffett afirma que nunca fumou e não gosta de álcool. Aos 78 anos, ele é bastante saudável. Em um de seus discursos para graduandos, ele fala como seria se um gênio aparecesse para você aos 16 anos e lhe oferecesse um carro da sua escolha. Só tem uma pegadinha: esse é o único carro que você terá na vida. “Eu leria o manual do carro cinco vezes. E o manteria sempre na garagem. E, se por acaso ele riscasse só um pouquinho, o consertaria na hora antes que começasse a enferrujar. Cuidaria daquele carro para fazer com que durasse a minha vida inteira. É exatamente nessa posição que vocês estão no que diz respeito à sua mente e ao seu corpo”.

O “cartão de pontos interno”
Segundo Buffett, há dois tipos de pessoas na vida: aquelas que se preocupam com o que os outros pensam delas e aquelas que se preocupam em ser realmente boas. Qual delas você é? “A grande pergunta sobre o comportamento das pessoas é se elas mantêm um ‘cartão de pontos interno’ ou um ‘cartão de pontos externo’. Ajuda se você se satisfizer com o cartão interno. Eu sempre olho para isto da seguinte maneira. Você gostaria de ser o maior amante do mundo, mas que todo mundo pensasse que você é o pior? Ou será que você preferiria ser o pior amante do mundo, mas que todo mundo pensasse que é o melhor? Essa, sim, é uma pergunta interessante.”

Lidar com suas deficiências

O bilionário foi muito influenciado pelo livro “Como Ganhar Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie, publicado inicialmente nos anos 1930. O livro faz uma lista de 30 regras de comportamento. A primeira: “Não critique, condene ou reclame”. Essa ideia funcionou bem com Buffett, que sempre detestou críticas. Ele chegou a participar de um dos cursos de Carnegie sobre como falar em público. “Não dá para imaginar como eu ficava toda vez que precisava falar em público. Eu ficava tão apavorado que não conseguia, simplesmente começava a vomitar”. O curso foi um sucesso e desde então Buffett faz palestras, discursos e já foi elogiado por sua oratória.

Cultura
Não é um dos pontos fortes da vida de Warren Buffett. Ele disse que nunca se interessou por cultura porque interfere com seu foco nos negócios. Por mais de 30 anos, ele nunca notou o Picasso pendurado em um banheiro na casa de seu melhor amigo, Kay Graham, ex-publisher do jornal “The Washington Post”, até que ele mesmo lhe mostrou.

Amor
Sempre há coisas que o dinheiro não compra. “O problema com amor é que você não pode comprá-lo. Você pode comprar sexo. Você pode comprar jantares em sua homenagem. Você pode comprar panfletos que dizem que você é maravilhoso. Mas a única maneira de conseguir amor é ser amado. É muito irritante se você tem muito dinheiro. Você gostaria de pensar que bastaria assinar um cheque”.

Política
Embora seu pai tenha sido um membro republicano do Congresso, Buffett é um democrata de longa data. Ele apoiou Barack Obama durante sua candidatura. Ele critica o que considera um sistema errado de impostos toda vez que paga menos tributos do que sua secretária.

“Memória de banheira”
Buffett não permite que problemas do passado atrapalhem sua vida. Na verdade, ele disse que sua memória funciona como uma banheira. A banheira está cheia de idéias, experiências e questões que interessam a ele. Quando uma informação não serve mais, pronto: ele puxa o tampão e ela vai embora pelo ralo. Pensamentos negativos ou que o fazem ficar triste são os primeiros a ir pelo ralo, juntamente com tudo o mais que possa distraí-lo de seu objetivo.

Regras para investir
Regra No 1: não perca dinheiro.

Regra No 2: não se esqueça da Regra No 1.
Regra No 3: não incorra em débito.
Clique no livro para acessar a página do submarino.
Um grande abraço!

Você sabe quanto custaram os CDs da AOL à empresa?

Nos anos 1990, antes da popularização da Internet, eram os CDs da AOL que faziam o trabalho de nos irritar, hoje a cargo do spam no email. Ironia ou não, esses mesmos CDs ajudaram a popularizar a Internet, ao menos nos Estados Unidos.

Alguém perguntou no Quora, como quem não quer nada, quase de brincadeira, quanto custou para a AOL a ação de distribuir CDs a torto e a direito. Adivinha quem apareceu para responder? Steve Case, co-fundador e CEO da empresa naquela época. Sua resposta começa com um vago “muito”, mas vai além.

A AOL tinha uma estratégia de marketing agressiva baseada nos CDs. Eles gastavam 10% do que um cliente pagava à empresa durante o tempo médio de permanência do assinante (~25 meses) nisso, o que dava cerca de US$ 35 em CDs por pessoa.

Mais tarde, Jan Brandt, CMO da AOL na época, respondeu a uma especulação de outro usuário do Quora, que dizia que os gastos com CDs tinham sido de aproximadamente US$ 300 milhões. Segundo ele, foi muito mais. No auge, 50% dos CDs produzidos no mundo tinham o logo da AOL estampado. A taxa de crescimento da base de assinantes chegou a absurdos seis por segundo em dado momento.

Em 1992, a AOL tinha 200 mil assinantes. Dez anos mais tarde, esse número era de 25 milhões. Quando fez seu IPO, o valor da empresa era de US$ 70 milhões. Quando fizeram a (malfadada) fusão com a Time Warner, ela valia US$ 150 bilhões. É, acho que os CDs funcionaram…

Fonte: MeioBit

Recompensas de curto prazo são realmente sedutoras?

Estou postando um artigo excelente retirado do jornal Valor Econômico, escrito por Alexandre Rezende, sócio da Oceana Investimentos, com algumas idéias muito interessantes.


Iniciarei o artigo de hoje com uma tradução livre de um trecho da carta de 1997 escrita por Warren Buffett aos acionistas de sua holding Berkshire Hathaway. “Um breve teste: se você planeja comer hambúrgueres pelo resto de sua vida e você não é um criador de gado, você deveria torcer por preços de carne mais altos ou mais baixos? Da mesma forma, se você comprará um carro de tempos em tempos e não é um fabricante de carros, você deveria preferir preços de automóveis mais altos ou mais baixos? Essas perguntas, obviamente, se respondem sozinhas.”

E o megainvestidor continua: “Agora para a prova final: se você tem a expectativa de poupar dinheiro ao longo dos próximos cinco anos, você deveria torcer por valorizações ou desvalorizações do mercado de ações durante esse período? Muitos investidores erram a resposta desta pergunta.Apesar de saberem que comprarão ações por muitos anos, esses investidores ficam entusiasmados quando os preços das ações sobem e ficam deprimidos quando os preços caem. Ou seja, ficam felizes porque subiram os preços dos ‘hambúrgueres’ que em breve estarão comprando. Essa reação não faz sentido. Somente aqueles que serão vendedores de ações no futuro próximo deveriam ficar contentes em ver os preços das ações subindo. Compradores em potencial deveriam preferir em muito os preços caindo.”
Buffett conclui: “Portanto, sorria quando você lê a seguinte manchete de jornal ‘Investidores perdem com queda do mercado’. Tente ler essa manchete como ‘Desinvestidores perdem com queda dos mercados; no entanto, Investidores ganham’. Apesar de escritores normalmente se esquecerem desse fato, há um comprador para cada vendedor e o que prejudica um, necessariamente beneficia o outro…”
A lógica provocativa de Buffett traz uma reflexão mais profunda sobre alguns efeitos psicológicos estudados pelo campo das finanças comportamentais. Um desses efeitos, conhecido como “hyperbolic discounting”, mostra que a maioria das pessoas sente-se melhor com retornos menores obtidos em menos tempo do que com retornos muito maiores obtidos em um tempo um pouco maior. As recompensas de curto prazo parecem ser irresistivelmente sedutoras. O mesmo efeito existe no caso de perdas: perdas no curto prazo, mesmo não realizadas, parecem afetar de forma desproporcional o humor das pessoas.
Por que é tão difícil focar no longo prazo em vez de pensar em eventos mais imediatos? Por que é tão difícil comprar ações em meio a uma crise, apesar de estarem muito baratas? Por que um poupador líquido, que já possui ações, fica feliz quando essas ações sobem de preço, mesmo sabendo que irá comprar mais dessas mesmas ações no futuro?
Aparentemente isso ocorre pela forma como estamos geneticamente programados. Esse efeito é resultado de milhares de anos de seleção natural, com favorecimentos àquelas pessoas que respondiam mais enfaticamente a perigos e recompensas imediatas. Aqueles que não respondiam a fatores de curto prazo – digamos, correr do tigre ou comer o alimento imediatamente – eram excluídos de nosso banco de dados genético. Na verdade, quanto mais distante uma recompensa ou perigo estava, menor a necessidade de resposta a esse evento se tornava, pois a influência do evento na sobrevivência imediata das pessoas era menor.
Nossa herança, portanto, é uma programação genética que dificulta a tomada de decisões racionais quando se trata de como pensar em investimentos de longo prazo. Experiência, conhecimento e disciplina fazem com que algumas pessoas eventualmente consigam superar esse viés cognitivo, mas infelizmente elas são minoria. Quando um investidor efetivamente consegue pensar no longo prazo em vez de se preocupar com a obtenção de pequenas satisfações no curto prazo, normalmente vê movimentos de preços de ativos de forma diferente.
Quedas expressivas dos preços das ações podem ser vistas com entusiasmo pelo poupador líquido: nesses momentos podem surgir oportunidades, a preço de liquidação, de compra de ações de empresas sólidas, bem geridas, lucrativas, e com potencial de elevada rentabilidade ao longo do tempo em função de vantagens competitivas sustentáveis. Ou seja, podem se provar excelentes investimentos no longo prazo, no entanto, realizados em um momento em que a maioria dos investidores está paralisada por perdas recentes e têm como principal preocupação evitar mais perdas (ou dor) no curto prazo.
Efetivamente pensar em investimentos no longo prazo pode ser um desafio em termos de gerenciamento de expectativas e emoções ao longo do tempo, mas com resultados inegavelmente fantásticos para o investidor disciplinado
Um grande abraço!!

Americano cria internet sem fio transmitida pela iluminação

Uma empresa do interior de Minnesota, nos Estados Unidos, criou uma tecnologia que utiliza sistemas de iluminação para ligar computadores à internet. As informações são transmitidas por meio de pulsações luminosas imperceptíveis a olho nu, e captadas por um sensor ligado ao computador.

Seis escritórios da prefeitura de St. Cloud, onde fica a sede da empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, vão receber o sistema nos próximos dias. De acordo com seu inventor, John Pederson, a primeira geração do produto é capaz de atingir velocidades de até 3 megabits por segundo.

Batizado de LVX, em homenagem a "lux", termo em latim para luz, o sistema de Pederson será vendido como uma opção às redes wi-fi, que utilizam ondas de rádio para transmitir dados. De acordo com o inventor, a internet por luz é ideal para distâncias menores, e ajuda a desobstruir as frequências de rádio, atualmente utilizadas por telefonia celular, wi-fi, televisão, telefones sem fio, entre outros aparelhos.

Para transmitir dados por luz, o equipamento recebe a informação da internet, em formato binário - ou seja, em zeros e uns. Instalado, por exemplo, no teto, um conjunto de LEDs (pequenos pontos emissores de luz), pisca no mesmo ritmo destes dados, acendendo para cada 1 e apagando quando o valor a ser transmitido é 0.

A luz chega, então, a um sensor ligado ao computador, que interpreta os valores e, enfim, exibe o conteúdo da internet solicitado pelo usuário. O caminho contrário também é possível: luzes ligadas ao computador transmitem, por exemplo, um e-mail do computador do usuário para o equipamento instalado no teto.

Em 2011, segundo Pederson, a tecnologia será refinada para atingir velocidades maiores. A ideia do inventor é fechar parcerias com companhias de energia para vender o sistema para assinantes de serviços de banda larga por rede elétrica.

Fonte: G1

Saturday, December 25, 2010

Google Translate permite alterar o resultado da tradução


É inegável que o Google Translate faz parte da vida dos usuários de internet. Com poucos cliques, podemos traduzir textos escritos nas mais diversas línguas para o português, facilitando e muito a sua compreensão. Mas, como todo sistema automatizado, muitas vezes as traduções do Translate são falhas. Problemas de concordância são rotineiros para quem utiliza o serviço.
Apesar de este fato não diminuir a importância do serviço, o Google resolver dar uma forcinha. Agora, ao traduzir qualquer texto, o usuário tem a possibilidade de escolher uma entre várias alternativas dadas pelo serviço. Para escolhê-las, basta clicar sobre um dos termos traduzidos, exibidos ao lado do texto original, e escolher o que melhor se enquadra na tradução.
google translate sugestoes Google Translate permite alterar o resultado da tradução
Além de uma importante funcionalidade para os usuários, a opção faz com que, a cada mudança feita por eles, o sistema aprenda o correto. Assim, nas próximas traduções, a probabilidade de um texto sem erros será ainda maior. :)

O problema do Yahoo

Por Alexandre Fugita via TecTudo

Yahoo 404
O Yahoo está em crise… faz tempo. Muito tempo, aliás. Nem me lembro desde quando, tanto tempo que faz. O grande problema do Yahoo é sua falta de foco. Nas minhas primeiras aventuras pela web até usava o Yahoo como mecanismo de busca. Era um dos poucos serviços disponíveis na época com alcance e qualidade.
Mas a esta altura do campeonato cadê a busca do Yahoo? Certamente perdido no meio de uma página com um monte de outras coisas. A falta de foco pode ser percebida exatamente na home do Yahoo: um portal de notícias? Um buscador? Um serviço de email gratuito? Difícil definir com exatidão.
O último grito nesta crise crônica da empresa do logotipo roxo aconteceu na semana passada, com a notícia do possível fechamento do Delicious,  logo desmentida pelo Yahoo. O Delicious é um serviço de bookmarking social, ou seja, pessoas salvam links de coisas interessantes e compartilham com o mundo. Algo como o Twitter, mas sem as mensagens de 140 caracteres e seu efeito meme. E não é um serviço pequeno, desconhecido, cujo fechamento passaria despercebido.
Fiquei um tanto preocupado com a notícia, mas a catástrofe estava feita. Tenho mais de 3 mil links guardados no Delicious nos últimos 5 anos. Uso esta base de dados frequentemente para consultas, tanto nos momentos que preciso relembrar fatos nos seus detalhes e quando escrevo textos. Imediatamente minha reação foi fazer um backup na minha máquina dos meus bookmarks por lá, algo impensável para alguém que armazena tudo na nuvem.
O problema não é de agora. No longínquo ano de 2006, um memorando interno do Yahoo que ficou conhecido como “Peanut Butter Manifesto“, já falava dos problemas internos de gestão do Y! e algumas possíveis soluções. De lá pra cá o Yahoo enfrentou duas trocas de CEO e a atual chefe Carol Bartz não está nos seus melhores dias.
Mais recentemente, em 2009, o Yahoo abandonou a busca, terceirizando o serviço para o Bing da Microsoft. Sem a busca, serviço que foi o grande impulsionador do seu surgimento nos porões da Universidade de Stanford, pode-se dizer que ficou difícil entender qual é o principal serviço oferecido por eles. Provavelmente é o e-mail, já que o Yahoo Mail continua como um dos maiores serviços de e-mail do mundo. Mas tenho minhas dúvidas.
De volta à semana passada, a história do Delicious fez várias luzes vermelhas acenderem na cabeça dos usuários de outros serviços do Yahoo. O Flickr, por exemplo. Será que um dia, do nada, o Yahoo vai resolver acabar com o armazenamento das fotos? Ou o próprio Yahoo Mail… Até quando ele fica no ar? Não seria melhor migrar imediatamente desses serviços para outros?
Hoje, além dos três serviços citados, uso o Yahoo Pipes. O Pipes é um grande desconhecido da grande maioria das pessoas, mas é extremamente útil quando quero brincar de juntar e filtrar feeds RSS de fontes diferentes. Se ele se for, só eu e mais meia dúzia notarão, o que não deve causar nenhum tipo de comoção na internet. Mas um Flickr ou um Yahoo Mail abalariam para sempre muitos usuários da grande rede.
Acompanhando as trocas de informações entre ex-funcionários do Yahoo no Quora, é possível perceber que todos aqueles problemas apontados em 2006 continuam ainda nos dias de hoje. O debate no Quora trata exatamente dos fatores que fizeram boa parte das aquisições do Yahoo entrarem em declínio.
Geralmente as startups adquiridas pelo Yahoo acabam sofrendo com a burocracia interna da gigante de Sunnyvale e não conseguem ou tem muita dificuldade em emplacar mudanças e inovações. Isso me lembra da matéria publicada na Wired sobre A nova Nova Economia: mais startups, menos gigantes e oportunidades infinitas, que retrata exatamente essa lentidão das grandes empresas frente às inovadoras startups.
Espertas são as empresas como o Facebook que não quis saber de ser vendido para nenhuma gigante. E também o Twitter, que andou recusando bilhões de dólares em troca de um novo dono. Ou ainda o Groupon, que também disse não aos que o cortejavam. Continuam independentes, com aquele espírito empreendedor e cheias de novidades o tempo todo. E talvez seja este o grande problema do Yahoo: ser um gigante engessado e ter engessado os pequenos.
Crédito da foto: Flickr.

Google: a origem do buscador que mudou o mundo


Por Renê Fraga via TecTudo

Para começar o tema desta semana, vamos voltar um pouco no tempo – por volta de 1996 – e lembrar daquele desconhecido projeto BackRub, que direcionava os usuários a um diferente e estranho mecanismo de pesquisas.
Naquela época, o então estudante Larry Page, que liderava o projeto no departamento de ciência da computação na Universidade de Stanford, tinha a intenção de mostrar ao mundo e a os mecanismos de pesquisas existentes que estes poderiam ser melhores e mais relevantes aos usuários.
Ao contrário de apenas encontrar resultados em um banco de dados, a lógica do BackRub era mais complexa que seus concorrentes. O sistema apresentava uma série de algoritmos que contavam os backlinks como votos. Desta forma, quanto mais links voltados a um site, mais destaque ele ganhava nos resultados de pesquisas.
Em agosto de 1996, o BackRub foi colocado à prova e passou a indexar sites externos. Usando o hardware dos computadores da universidade, o projeto experimental indexou 75 milhões de páginas e mantinha em sua base de dados 30 milhões de página HTML em cache. Rumores afirmam que o BackRub sobrecarregou a conexão de Stanford, deixando os estudantes e equipe na universidade sem acesso à web.
Programado em Java e Python, o BackRub rodava em máquinas Sun Ultra e computadores Pentium com o sistema operacional Linux. Na página inicial do buscador, Larry Page agradecia Scott Hassan, Alan Steremberg e Sergey Brin pela ajuda no desenvolvimento da plataforma.
Um fato curioso envolvendo o BackRub estava em seu logotipo, representado por uma mão. Em uma antiga entrevista, Page revelou o que a maioria das pessoas já desconfiava: era a sua própria mão digitalizada. Naquele tempo, Larry Page era o dono do projeto, por isso o grande destaque do BackRub era voltado somente a ele.
A entrada de Sergey Brin no projeto é documentada quase sempre como instantânea, mas isso não é uma verdade. Larry e Brin tinham grandes problemas para entrarem em acordo sobre o futuro da plataforma pois pareciam discordar da maioria dos assuntos. Entretanto, essas diferenças foram as principais características para o sucesso. “Nos tornamos alma-gêmea intelectual e amigos íntimos”, afirmaram mais tarde.
Com os trabalhos ainda direcionados ao BackRub, Brin assumiu o desenvolvimento de um sistema de classificação de dados, conhecido como Data Mining, enquanto Page ficou livre para aprofundar suas pesquisas em conceitos de pesquisas. Juntos, os dois estudantes foram capazes de avançar com o trabalho mais notável de suas carreiras e produzir uma dúzia de trabalhos acadêmicos.
Você provavelmente deve estar se perguntando: cadê o Google? Você pode se surpreender com o que vou contar agora, pois é algo que a mídia não costuma citar habitualmente. Diferente de uma criação de Larry Page, o nome Google foi possivelmente proveniente de um erro de escrita.
Em setembro de 1997, com o BackRub sendo um sucesso, Larry Page chamou, para uma sessão de “brainstorm”, diversos estudantes envolvidos com o intuito de estabelecer um novo nome para o projeto. A reunião contou com os graduados Sean Anderson, Tamara Munzner e Lucas Pereira.
Com base nas sugestões, Larry e Sean utilizaram a lousa do escritório para fazer anotações e encontrar um novo nome que tivesse relação imediata com aquela imensidão de dados. Sean, aparentente o estudante mais motivado do brainstorm, citou verbalmente a palavra “Googleplex”, e Larry rapidamente respondeu com a forma mais simples “Googol”.
Sentando em um terminal de computador, Sean logo procurou a disponibilidade do domínio em sites de registros. Desconhecendo o modo correto de escrever “Googol”, Sean buscou por engano “Google.com”, encontrando o domínio disponível. Larry, que ficou muito entusiasmado com a descoberta do nome, registrou o domínio poucas horas depois.
Em 15 de setembro de 1997, nascia o “Google Search Engine”, a versão pública do BackRub.

Brasil está na mira dos grandes investimentos do Google

Por Renê Fraga via TecTudo
O Google está em ebulição na América Latina. A versão verde e amarela da gigante de Mountain View, a principal operação da região, demonstra estar cada dia mais preparada para enfrentar os concorrentes e impulsionar a empresa junto ao crescente mercado brasileiro.
Uma prova deste verdadeiro “PAC” – brincando com o plano de desenvolvimento do governo brasileiro – esteve nas palavras de Alexandre Hohagen, Presidente do Google para a América Latina, ao revelar um crescimento de 85% do Google Brasil neste ano, uma performance muito elogiada pelos principais CEOs da companhia, mais especificamente por Eric Schmidt.
“Se você perguntar para a diretoria executiva, qual a operação atual mais importante para o Google, com certeza eles dirão que é a América Latina. Não tenho a menor dúvida”, disse Hohagen, durante um Happy Hour no escritório de São Paulo, que contou com a presença dos principais veículos da imprensa e da internet.
Similar aos números do Google Brasil, o crescimento do Google na América Latina chegou a aproximadamente 80%, um número também surpreendente, e que destaca a rápida recuperação da empresa após sofrer com os efeitos diretos da recessão americana.
Escritório do Google em São Paulo. Foto: Revista Época
Para continuar avançando com todo este sucesso, o Google Brasil anuncia que vai expandir seu quadro de colaboradores em 2011. Atualmente, para conseguir absorver novos funcionários, os escritórios de SP e BH estão perdendo seus espaços de lazer para dar vazão às novas mesas, metas, e longos dias de trabalho.
Fontes ouvidas por esta coluna confirmam a situação. “A cada dia, tem sido mais raro ver os funcionários com tempo de lazer. Muitos estão sobrecarregados. Com todo esse esforço, as metas estão sendo atingidas em todas as áreas”, menciona nossa fonte, que pediu para não ser identificada.
Outra expansão nos investimentos também deve atingir a América Latina. O Google estuda abrir um escritório no Panamá para cuidar da América Central, e outro em Porto Rio, para a região do Caribe”, disse Hohagen.
O executivo evitou dar detalhes, mas o Google planeja um investimento de grande porte, potencialmente no Brasil. Com a demanda cada vez maior, gerada a partir do crescimento dos produtos de computação em nuvem, a necessidade de um Data Center na América Latina tem sido cada vez mais discutida como uma válvula importante para abastecer o tráfego do país de forma garantida e escalonada.
“É impossível um país como o nosso, com o nosso tráfego web, não ter algum tipo de infraestrutura, principalmente quando se pensa em nuvem”, disse Hohagen, ao ser questionado sobre como a empresa espera oferecer disponibilizar produtos ao mercado corporativo, e oferecer qualidade no acesso aos dados.
Os investimentos não param por aí. A empresa também promete expandir sua presença no entretenimento online. Um dos primeiros eventos, o YouTube Live Sertanejo, obteve mais de 5 milhões de views, e contou com o patrocínio da Skol.
Para aproveitar melhor a presença do público, e oferecer interatividade junto aos artistas, a iniciativa agora será expandida também ao Orkut. O início à esta nova fase já foi anunciado pelo Google: será a transmissão de uma entrevista interativa no próprio orkut com a cantora Ivete Sangalo, diretamente do Madison Square Garden, em Nova Iorque.
Outra presença forte do Google no Brasil é o Android. Embora as fabricantes sejam apontadas como um grande problema (atraso na entrega de atualizações), a plataforma tem obtido uma grande aceitação pelo público, resultando em grandes vendas como ocorreu com o Samsung Galaxy S.
Em resposta à atratividade dos consumidores brasileiros, o Google Brasil adiantou, no último mês de outubro, a implemetação das funcionalidades de busca por voz e navegação em mapas por GPS. A novidade agora fica por conta da possível chegada do Google Nexus S no primeiro trimestre de 2011.
Investimentos, aliados algumas vezes a aquisições, ajudam na manutenção da inovação que as empresas precisam obter junto ao mercado, principalmente aquelas que trabalham em segmentos onde as novidades estão diretamente conectadas a fatores de mudanças comportamentais e culturais.
Da mesma forma que o Facebook e o Twitter, o Google é hoje uma empresa que precisa manter sua presença valorizada e em constante atualização. Para isto, seus negócios devem ter, como foco, a busca de experiências que habilitem seu público a conhecer novas percepções.
Na internet, há um ditado profissional que diz: “que quem deixa de inovar, anuncia prematuramente seu próprio fim”. A equipe do Google, porém, especialmente na América Latina, tem trabalhado para implantar os projetos de formas diferentes dos outros escritórios e tem frequentemente recebido elogios da alta cúpula.
Com certeza 2011 chegará com tudo. E, se depender do Google Brasil, as surpresas estão garantidas e em vários níveis.

Bilhões de dólares

Bilhões de dólares. Este é o patamar que algumas empresas de Internet estão atingindo em valor de mercado, e ter uma empresa que valha bilhões de dólares é o sonho de consumo de 8 entre 10 empresários. É verdade, sempre existem aqueles que preferem ser um pequeno gigante, mas não é esse o foco do artigo dessa semana. Prefiro enveredar para um debate sobre os atuais valores que algumas empresas atingiram recentemente. Quem viveu o primeiro boom da Internet não deixa de pensar se estamos num outro boom, e se este é mais sólido que o primeiro.
Os dois expoentes desse cenário são o Twitter e o Facebook. O primeiro recebeu recentemente um aporte de US$250 milhões com valuation em US$3.7 bilhões. Já o Facebook vale cerca de US$33.7 bilhões, com estimativa de receita anual de US$2 bilhões.
Fica claro para mim que ambas as empresas estão caminhando para um IPO (Initial Public Offering – oferta pública de ações), que normalmente é o maior pote de ouro que os investidores podem encontrar. É a melhor estratégia de saída para seus investimentos em função da liquidez e do potencial de ganhos.
Acho que vale um comparativo histórico, mas neste momento não vou usar o primeiro boom da internet como parâmetro. Vamos usar o Google, cujo IPO em 2004 rendeu à empresa US$1.67 bilhões com a ação sendo vendida a US$76 com um valuation de US$ 23.1 bilhões. Acontece que na época do seu IPO o Google tinha uma receita de US$1.55 bilhões. O Facebook está mostrando uma capacidade de geração de receita muito similar à da história pré-IPO do Google. No entanto, seu valuation pré-IPO é 45% maior que o valuation do Google pós-IPO.
Se analisarmos o Twitter, a questão vem mais à tona. Seu recém lançado (e ainda em evolução) modelo de publicidade ainda gera pouca receita se comparado ao seu grande valor de mercado. Obviamente, estamos falando de um mercado que valoriza hoje aquilo que a empresa entregará de resultados no futuro, seu potencial.
Não sou nenhum mago do mercado financeiro, mas vejo as duas empresas que mais se destacam nessa área caminhando para um cenário onde seu valor de mercado parece ser maior do que o compatível, ainda mais numa época pré-IPO já que a tendência é desse cenário ficar ainda maior após a abertura de capital.
Não creio que a fase que a Internet está passando atualmente se compare ao primeiro boom da internet. Vejo claros indicadores de que agora as coisas são mais sensatas, que a geração de receita e lucro são prioridades para as start-ups, mas isso não significa que não possa haver uma empolgação geral exagerada com 3 ou 4 empresas destacadas do restante do mercado. Twitter e Facebook são dois exemplos.
Tenho certeza que essas empresas são muito bem administradas e contam com um grande potencial, mas não é meu objetivo aqui levantar pontos sobre a viabilidade comercial delas. Acho que ambas estão no caminho certo. O ponto é se o mercado não está animadinho demais com essas empresas. Lembro-me do IPO da Netscape que foi a fagulha para o boom da primeira geração da Internet. O IPO do Google em 2004 foi o grande definidor da nossa fase da Internet mas, felizmente, não iniciou um processo de exuberância irracional. Em sua época o Google estava sozinho fazendo sua oferta pública de ações. Praticamente nenhuma empresa estava se preparando para o IPO. A preocupação agora é que, em breve, começaremos a ver mais empresas de internet abrindo capital na bolsa, em especial no mercado americano. Acredito que isso seja uma confirmação positiva da natureza de busca constante de resultados dessa nova geração de empresas. Quem vivenciou o estouro da primeira bolha da Internet sabe que ninguém vive de investimento. Empresas vivem de receita e de lucro. O cenário é ótimo, mais ainda assim cabe preocupação com 2 ou 3 empresas queridinhas do mercado.
Fonte: TechTudo

Thursday, December 23, 2010

Pesquisadores chineses armazenam 90 GB de dados em 1 grama de bactérias

Pesquisadores da Universidade de Hong Kong, na China, mostraram com sucesso como armazenar dados criptografados em bactérias. Uma colônia de E. coli foi usada para o experimento, com o equivalente à Declaração de Independência dos EUA estocado no DNA de dezoito células bacterianas. Como estão presentes no material biológico 10 milhões de células, isso se traduz em uma capacidade de armazenamento de dados de 90 GB em somente 1 grama.

Os dados podem ainda ser criptografados, graças ao processo natural de recombinação genética específica. A informação é codificada através de enzimas de recombinação genética, sendo as ações controladas por um fator de transição.

Como era de se esperar, o método possui algumas falhas, como um caríssimo sequenciador necessário para recuperar os dados, e o processo que é tido como 'tedioso'. Além disso, o DNA tóxico geralmente encontrado em sequências armazenadas sofre alterações e há uma remoção da sequência tóxica, tendo neste caso perda de dados.

Somente as informações de direitos autorais podem ser armazenadas em organismos geneticamente modificados, até o momento. As bactérias possuem potencial de serem mais resistentes em manter os dados que os tradicionais meios eletrônicos. A bactéria Deinococcus radiodurans, por exemplo, pode resistir a pulsos eletromagnéticos e radiações provenientes de uma precipitação nuclear.

Fonte: Guia do Hardware Notícias

Monday, December 20, 2010

Google e Harvard lançam nova ferramenta de busca de livros


Novo tipo de busca pode proporcionar estudos mais quantitativos para as Ciências Humanas.
Por Daniel Pavani

Uma parceria entre a Google e a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, resultou em uma nova ferramenta de busca com uma base de dados de mais de 5 milhões de livros em 6 idiomas, por enquanto. A ferramenta poderá identificar padrões culturais da humanidade no decorrer da história.
A nova ferramenta, chamada Google Books Ngram Viewer, foi lançada ontem e descrita em um artigo na revistaScience (tiny.cc/td0rd). Ela utiliza um método de modelagem chamado N-gram, que possibilita buscas em sequências de linguagem natural.
Com a Ngram Viewer, usuários poderão realizar buscas como O interesse na evolução esteve em constante crescimento nos últimos 150 anos?, ou mesmo Super-heróis sempre buscaram salvar o mundo?. Este tipo de busca pode representar uma nova forma de abordagem para os estudos em Humanas, com uma aproximação mais quantitativa das informações, comenta o site da Scientific American.
A base de dados analisada passa de 5 milhões de livros digitalizados, publicados em chinês, inglês, francês, alemão, russo e espanhol. A equipe de Harvard está chamando a nova técnica de culturomics (algo comoculturomia, em português), já que a cultura “é algo que você pode estudar como a evolução na biologia”, afirma o pós-doutorando Jean-Baptiste Michel, do departamento de psicologia de Harvard.
Ngram Viewer permite que o usuário faça gráficos da evolução do uso de determinadas sentenças, por exemplo, analisando os padrões culturais da humanidade em relação a determinados assuntos, explica o site do TG Daily.
Jon Orwant, gerente de engenharia, afirma que a grande vantagem da ferramenta estar online, disponível para todos, é que qualquer pessoa pode fazer uma busca pelas mais de 500 bilhões de palavras e fazer uma nova descoberta.

Cultura nerd domina o mundo nos anos 2000

Atualização de status: a nova imagem do fundador do Facebook

Em uma conferência seis meses atrás, o presidente-executivo do Facebook estava literalmente banhado em suor ao enfrentar questões duras sobre as práticas da empresa quanto à privacidade e um filme em produção que o retratava como manipulador e arrogante.

Na quarta-feira, porém, um retrato elegante e sem transpiração de Mark Zuckerberg, 26, enfeitava a capa da revista Time, que o escolheu como personalidade do ano, o que coroa uma das mais notáveis transformações na história empresarial dos Estados Unidos.

A reformulação da imagem pública de Zuckerberg atraiu atenção; ele fez uma grande doação ao sistema de educação pública do Estado de Nova Jersey em setembro e concedeu entrevistas em programas de TV como o "Oprah Winfrey Show" e "60 Minutes". Tudo isso ocorreu enquanto o Facebook, maior serviço mundial de redes sociais online, via sua influência e sua audiência de "amigos" disparar.

O Facebook talvez não precise de um Zuckerberg sorridente e dotado de imagem positiva, mas isso certamente não atrapalha.

"Ele é o rosto da companhia", disse Paul Argenti, professor de comunicação empresarial na Tuck School of Business, Universidade Dartmouth, que disse que "A Rede Social", o filme de sobre a controvertida criação do Facebook em um alojamento de alunos da Universidade de Harvard, em 2004, "colocou a reputação dele (Zuckerberg) em jogo".

"Ele está em meio a uma campanha para repará-la", disse Argenti.

O filme, que relata as alegações de que Zuckerberg roubou as ideias para o Facebook de um projeto paralelo concebido por colegas de universidade (o que gerou um processo judicial encerrado por acordo), saiu ao mesmo tempo em que começaram a surgir em blogs informações de que Zuckerberg havia demonstrado pouco respeito para com a privacidade dos usuários do Facebook nos primeiros dias da empresa.

A mudança vai além da imagem. O executivo ruivo, cujo patrimônio foi estimado em 6,9 bilhões de dólares pela revista Forbes, recentemente, era desajeitado em entrevistas no passado, e sua expressão o fazia parecer distante.
Mas nos últimos meses, ele vem demonstrando mais conforto em suas interações com jornalistas.

Não se sabe se Zuckerberg simplesmente aprendeu a se sentir mais confortável diante da mídia como resultado de uma série de entrevistas e anúncios de produtos, se ele se preparou especificamente para isso ou se a mudança resulta de uma combinação dos dois fatores.
Alguns observadores da indústria consideram os esforços de imagem de Zuckerberg como uma reminiscência de outra figura famosa do setor de tecnologia. Bill Gates, co-fundador da Microsoft, foi frequentemente criticado pelas práticas concorrencias de sua empresa e personalidade áspera durante a década de 1990.

Essa imagem mudou nos últimos anos, principalmente depois que Gates se concentrou em trabalho filantrópico, que lhe rendeu uma capa da revista personalidade do ano da Time em 2005, junto com sua esposa Melinda Gates e o astro do rock Bono, da banda U2.

Publicado originalmente no portal Terra, em Notícias de Tecnologia, no dia 20/12/2010. (http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI4852763-EI12879,00.html)

Sunday, December 19, 2010

Visão geral sobre o que aprendir neste ano que está acabando

Encontrei esse vídeo no blog "Ideias e Inovações". Gostei bastante do contexto geral no assunto apresentado. Não deixem de ver esse vídeo! Agora, o façam com atenção e reflitam sobre as questões colocadas. Sem autoajudismo, vejo essa palestra como ajuda para entendermos que nossos projetos devem visar pessoas, e não como o capitalismo liberalista prega, produzirmos somente bens em função dos dividendos financeiros. Fantástico. (Escolha a leganda em “View subtitles” [tem português do Brasil])

Saverin curtiu isto: criar empresas

   Reprodução
Eduardo Saverin, de 28 anos, ficou bilionário depois de ganhar na justiça 5% da participação pela rede social Facebook, que ele ajudou o americano Mark Zuckerberg a criar. A história dos dois ficou mundialmente conhecida depois do filme A rede social, dirigido por David Fincher, que já foi indicado em seis categorias no Globo de Ouro. O roteiro é baseado no livroBilionários por Acidente: a criação do Facebook, um conto de sexo, dinheiro, ganância e traição, de Ben Mezrich. Para escrevê-lo, o autor contou com a ajuda de Saverin. Zuckerberg se recusou a colaborar. O resultado é um história favorável ao brasileiro, retratado como um jovem ambicioso, mas ingênuo a ponto de ser afastado da empresa que ajudou a criar. Zuckerberg faz o papel do gênio que não sabe lidar – e nem se preocupa – com questões financeiras. Mas que é capaz de afastar o amigo Saverin por achar que ele não merecia mais fazer parte do Facebook.
Injustiçado ou não, Saverin não saiu como vítima. A atual participação dele no Facebook - conseguida depois de um processo judicial – lhe rendeu mais de U$ 1 bilhão em ações. Com muito dinheiro e, aparentemente, algum talento para os negócios, ele se envolveu em pelo menos outros três projetos em cinco anos. Ele evita dar entrevistas e falar em público. Depois de lançado o filme, ele permitiu que suasimpressões e reflexões fossem publicadas no site da emissora de TV especializada em negócios CNBC. “Os Estados Unidos e sua força em inovação tecnológica têm se beneficiado por décadas de uma sociedade que encoraja o empreendedorismo e a criatividade”, afirmou ele num trecho do texto.
A rede social Facebook (originalmente “thefacebook”) foi criada por Zuckerberg com a ajuda de Saverin, em 2004. O brasileiro fez o primeiro investimento no negócio – na época, U$ 1 mil. Sua função era cuidar das finanças enquanto Zuckerberg se encarregava das questões tecnológicas. Em junho de 2004, enquanto Zuckerberg se mudava para Palo Alto, na Califórnia, para se dedicar ao Facebook, Saverin continou estudando em Harvard. Fez um estágio no banco Lehman Brothers, em Nova York. A relação deles foi abalada pela distância e por divergências. Politicamente, porém, Saverin reconheceu em público a influência do ex-amigo. “Hoje, o Facebook afeta o mundo de muito mais formas do que o imaginado inicialmente em Harvard. Mark Zuckerberg desenvolveu com sucesso um mundo inteiramente novo para as interações do dia a dia”, escreveu ele em outubro.
A cortesia não significa que a disputa entre os dois tenha sido superficial. Em fevereiro de 2005, Saverin lançou uma rede social para busca de emprego chamada Joboozle. Três de seus sócios eram de Harvard e dois de outras universidades. Zuckerberg teria ficado indignado com o amigo por causa do projeto. Em uma suposta troca de mensagens instantâneas, divulgada pelo site Business Insider, Zuckerberg teria dito a Saverin:
“Você desenvolveu o Joboozle sabendo que em algum ponto o Facebook ia ter algo relacionado a empregos. Isso é muito surpreendente para nós, porque você basicamente fez algo que vai acabar competindo com o Facebook e isso é muito ruim. Mas colocar anúncios do site no Facebook sem pagar nada, isso é maldoso.”
Há outra mensagem, que teria sido escrita por Zuckerberg para o colega de quarto e sócio no Facebook Dustin Moskovitz. Ele reafirmava sua decisão de afastar Saverin dos negócios, o que aconteceu defitivamente em 2005.
“Ele estava se lixando... ele deveria estar preocupado em criar a empresa, conseguir financiamento e montar o modelo de negócios. Ele falhou nos três... agora que eu não vou mais voltar para Harvard, eu não preciso me preocupar em ser espancado por bandidos brasileiros.”
Há rumores de que Zuckerberg e os colegas de Harvard achavam que Saverin fazia parte de uma espécie de máfia no Brasil.
Em 2008, já afastado do Facebook e depois de ter processado a companhia, Saverin lançou um novo projeto, a rede social Care Place, que estava em gestação desde 2006. Em 2009, com os amigos Solimine e Benjamin Wei, também formado em Harvard também, registrou uma nova empresa: a Anideo, que desenvolve software para empresas de internet, principalmente redes sociais. O objetivo do novo negócio é o que executivos brasileiros, numa tradução ruim, chamam de “monetizar”(*). Em bom português, inventar jeitos de ganhar dinheiro com um negócio que apenas começa a ser explorado.

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(*) Mometizar, segundo o dicionário Aurélio, é um verbo transitivo que significa: Transformar em moeda, em dinheiro (bens imóveis, metais preciosos, títulos públicos ou privados etc.). Essa palavra (não estou entrando no mérito da tradução) encontra-se devidamente registrada no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da ABL. (Texto muito interessante sobre xenofobia linguística e sobre a origem do termo monetizar.

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Fonte: Época