Tuesday, February 22, 2011

Google libera kit de desenvolvimento para aplicações web Native Client

Tecnologia que permite executar apps dentro do browser de forma nativa já pode ser utilizada na criação de software antes mesmo do anúncio oficial.

A Google começou na sexta-feira (18/2) a oferecer um SDK (kit de desenvolvimento de software) renovado para sua tecnologia Native Client, que permite a execução de aplicações web dentro do navegador e usando código nativo do computador do usuário.
Com este SDK, os desenvolvedores já podem começar a construir aplicações Native Client antes mesmo de seu lançamento oficial. Segundo os planos da empresa, a tecnologia Native Cliente será embutida no navegador Chrome; até lá, os usuários não poderão acessar as aplicações. A Google não divulga uma estimativa de quando o Native Client será incorporado ao Chrome.
“Hoje nós atingimos um marco importante em nossos esforços de tornar os módulos Native Client tão portáveis e seguros como o JavaScript, por meio da liberação de uma primeira versão de nosso SDK Native Client aprimorado”, disse Christian Stefansen, da equipe Native Client da Google, em blog.
Os desenvolvedores podem obter as APIs, a documentação e exemplos de como escrever um módulo em C ou C++ e estabelecer comunicação com um código JavaScript executado no browser. O SDK melhora em segurança, removendo restrições de localhost que existiam nas versões anteriores.
“Além da segurança, nós também melhoramos o mecanismo de obtenção de módulos Native Client tendo em vista a arquitetura do conjunto de instruções da máquina-alvo, assim os desenvolvedores não precisam se aborrecer mais com isso”, disse Stefansen.
Pepper
Também incluído neste SDK está o suporte a um conjunto de interfaces apelidado de Pepper, e que fornece módulos Native Client para cálculos, áudio e 2D. O Pepper oferece uma forma melhor de vasculhar o sistema em busca de plug-ins.

O problema das aplicações nativas, incluindo os plug-ins, tem sido seu acesso completo à máquina – até mesmo a arquivos locais. Como consequência, os usuários são forçados a tomar decisões sobre que aplicações devem merecer sua confiança.
Com o Native Client, isso muda. A própria Google oferece regras que definem quais módulos têm códigos válidos e limitam o acesso ao computador do usuário. A tecnologia oferece vários recursos, como a validação - que pode evitar a execução de um módulo inválido.
No ano passado, a Google lançou uma versão “aperitivo” do SDK no ano passado. E, nos próximos meses, a Google planeja acrescentar APIs para gráficos 3D, armazenamento local de arquivos e rede P2P. Está prevista também uma ABI (Application Binary Interface).
“Até que a ABI se torne estável, o Native Client permanecerá desligado como padrão”, acrescentou Stefansen. “Contudo, dado o progresso que temos obtido, você pode agora ligar o Native Client no Chrome 10 ou superior por meio do diálogo about:flags. Alternativamente, você pode continuar a usar uma flag de linha de comendo para ligar o Native Client quando quiser.”
A Google tem classificado o Native Client como uma tecnologia que dará aos desenvolvedores acesso completo ao poder de CPU do computador do usuário, e que também respeita a neutralidade de navegador, a portabilidade de sistema operacional e a segurança em aplicações web.
O Native Client foi construído inicialmente para sistemas de 32 e 64 bits usando Windows, Mac OS ou Linux. Seu objetivo tem sido permitir o desenvolvimento de aplicações web mais ricas e dinâmicas.
(Paul Krill)
Fonte: IDGNow

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